Os pênaltis parecem ser a sina do Palmeiras em 2015, para desespero de seus torcedores cardíacos.
No Paulista deste ano, o time chegou à final após eliminar o rival Corinthians nesse tipo de cobrança. Na decisão, perdeu para o Santos na mesma situação.
Nesta quarta-feira (28), no tira-teima, o Palmeiras bateu o Fluminense por 2 a 1 e precisou mais uma vez dos pênaltis (4 a 1) para alcançar a quarta final da Copa do Brasil em sua história -foi derrotado em 1996 e venceu em 1998 e 2012.
Na decisão, o Palmeiras reeditará o duelo do Paulista contra o Santos, que venceu o São Paulo novamente, desta vez na Vila Belmiro.
O herói palmeirense voltou a ser Fernando Prass, como foi contra o Corinthians. O goleiro defendeu a segunda cobrança do Fluminense, de Gustavo Scarpa, viu Gum desperdiçar a sua, e foi protagonista na classificação do Palmeiras à sua segunda final no ano.
Nas arquibancadas, poucas vezes em sua história recente o Allianz Parque foi tão ensurdecedor. O estádio lotou, com mais de 38,5 mil torcedores que apoiaram os atletas em uníssono durante a maior parte do jogo. Em um mosaico, lia-se "Raça Verdão".
Palmeiras 4 x 1 Fluminense (pênaltis)
Mais badalado reforço na temporada, o argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios não demorou mais que 17 minutos para fazer os gols que a equipe precisava para chegar à final.
No primeiro tento, Robinho, de volta após quase um mês lesionado, acreditou em bola que parecia perdida e cruzou para Barrios abrir o placar.
No segundo, o árbitro marcou pênalti polêmico sobre Gabriel Jesus. Os jogadores do Fluminense reclamaram que a falta teria ocorrido fora da área. Na cobrança, Cavalieri defendeu, mas Barrios anotou no rebote.
Naquele momento, não havia o mínimo indício de que Prass teria papel fundamental na classificação. A missão do Palmeiras passou a ser segurar o resultado, mas seus defensores falharam.
Na metade do segundo tempo, Fred, que apresentava dificuldades até mesmo para caminhar, livrou-se dos marcadores e fez o gol da equipe do Rio após cruzamento de Gerson.
Aparentemente extenuados e desorganizados em campo, os palmeirenses demonstram pouco poder de reação.
No último minuto de jogo, Prass ainda salvou a equipe com defesa dificílima após finalização de Fred.
Com o resultado, o técnico Marcelo Oliveira terá a chance de superar sua sina na competição. Ele chegou a três finais, mas perdeu todas (em 2011 e 2012, pelo Coritiba, e 2014, pelo Cruzeiro).