Na denúncia sobre do caso Iago Maidana, a Procuradoria do STJD afirma que um "outro ponto bastante nebuloso" em toda a negociação é o valor desembolsado pelo São Paulo para a compra do zagueiro que atuava no Criciúma até setembro.
De acordo com a defesa do órgão, este é um elemento que deve ser apurado internamente dentro do clube tricolor, nas instâncias competentes.
"Outro ponto bastante nebuloso, e que deve ser apurado internamente no São Paulo, pelos seus órgãos próprios, diz respeito ao valor desembolsado pelo clube paulista, que concordou em desembolsar R$ 2 milhões para obter a rescisão de um contrato com cláusula indenizatória de apenas R$ 50 mil", diz o documento da Procuradoria do STJD.
O zagueiro saiu do Criciúma e passou apenas dois dias no Monte Cristo, clube da terceira divisão do Goiano.
Na nova casa, o jogador assinou um contrato com multa de apenas R$ 50 mil, como mostrou reportagem da Folha no final de setembro.
Ainda assim, o São Paulo fez a compra de 60% dos direitos de Maidana por R$ 2 milhões, pagando R$ 1 milhão à vista.
Não há ainda data do julgamento no STJD.
No Conselho do time tricolor, o assunto já chegou a ser debatido. No dia, o empresário Abílio Diniz chamou o caso de "batom na cueca" da gestão de Carlos Miguel Aidar.
O ex-presidente renunciou ao cargo na última terça-feira, em meio a denúncias e acusações de desvio de dinheiro do clube em negociações de jogadores e em contratos diversos.