Folha de S. Paulo


Brasil joga mal e perde para o Chile na estreia das eliminatórias

A expectativa de que o Brasil terá um roteiro dramático nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018 se confirmou logo no primeiro jogo. Diante do Chile, a seleção brasileira perdeu por 2 a 0 na noite desta quinta-feira (08), em Santiago, pela estreia no torneio classificatório.

Este foi o primeiro revés brasileiro em estreia de eliminatórias e somente a segunda vez que o time nacional perdeu para o Chile na história da competição. Antes, em dez jogos, os brasileiros só haviam sido derrotados pelos chilenos em 2000.

Apesar de suportar bem a pressão dos donos da casa no primeiro tempo, o time do técnico Dunga, que não teve Neymar, que cumpriu a primeira partida de suspensão, foi mal ofensivamente e pouco ameaçou o goleiro Bravo na partida.

Com isso, levou o primeiro gol da derrota aos 26min do segundo tempo, quando Vargas desviou uma cobrança de falta e abriu o caminho para a vitória chilena. Já o segundo aconteceu aos 44min, com Alexis Sánchez.

Assim como o Brasil, Bolívia, Peru e Argentina também perderam seus jogos por 2 a 0. Uruguai, Colômbia e Equador, todos vencedores por dois gols de diferença, lideram ao lado dos chilenos.

O Brasil volta a campo na terça (13), quando recebe a Venezuela, no estádio Castelão, em Fortaleza, pela 2ª rodada do classificatório sul-americano. No mesmo dia, o Chile visita o Peru.

O JOGO

Como era esperado, o Chile impôs uma forte pressão inicial na partida. Marcando pressão e com posse de bola, os donos da casa dificultaram bastante a troca de passes da seleção brasileira e tiveram maior presença ofensiva. Porém, depois, o Brasil conseguiu equilibrar o confronto e foi até melhor em alguns momentos.

Mas, com dificuldades na criação, o time brasileiro pouco ameaçou o goleiro Bravo. Por isso, apostou na forte marcação e se defendeu bem até quase o fim do primeiro tempo, quando os chilenos tiveram as melhores chances de abrir o placar antes do intervalo.

Hulk, mesmo isolado no campo de ataque, foi o jogador do Brasil que mais arriscou chutes contra a meta adversária. Em um deles, quase marcou em forte cobrança de falta. Já Oscar e Willian, apagados, pouco produziram ofensivamente, enquanto Douglas Costa só buscou jogadas individuais que não tiveram sucesso.

Para piorar a saída de bola brasileira no jogo, David Luiz sentiu uma lesão no joelho e precisou ser substituído por Marquinhos ainda na etapa inicial. Mas foi a substituição feita pelo técnico Jorge Sampaoli –do meia González no lugar do zagueiro Silva– que mais surtiu efeito na partida, aos 41min iniciais.

Com a mexida, o Chile voltou a ter o controle da partida e pressionou a seleção brasileira sempre em rápidos contra-ataques. No melhor deles, Alexis Sánchez chutou de virada e acertou a trave direita do goleiro Jefferson, que nem se mexeu no lance.

O Chile continuou mais ofensivo no segundo tempo, mas desta vez deixou muitos espaços para a seleção brasileira contra-atacar. Em alguns ataques rápidos, o Brasil só não chegou ao gol porque errou muito o último passe.

Mais presente no campo de ataque, o Chile acertou a trave de Jefferson novamente na etapa final. Aos 10min, Isla chutou forte da entrada da área e quase colocou os chilenos em vantagem no marcador.

De tanto pressionar, os donos da casa chegaram ao gol da vitória aos 26min. Após cobrança de falta pela lateral, Vargas se antecipou à zaga brasileira e deu um leve desvio para o fundo do gol de Jefferson, que ainda tocou na bola antes de ser vazado.

No desespero, Dunga promoveu as entradas de Ricardo Oliveira e Lucas Lima nas vagas de Hulk e Luis Gustavo, mas não teve sucesso. Para piorar, aos 44min Alexis Sánchez ampliou para o Chile.


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