Folha de S. Paulo


COB cobra explicações de diretora que teria mentido para livro sobre Jogos

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que a diretora cultural da entidade, a ex-nadadora Cristiane Paquelet, terá que se explicar sobre ter supostamente forjado um depoimento de que participou da edição dos Jogos Olímpicos de 1972. Ela não esteve na competição.

A ex-nadadora deu um depoimento para o livro "Atletas Olímpicos Brasileiros", da escritora e pesquisadora Kátia Rubio, que foi lançado recentemente.

"Nós não tivemos conhecimento. O COB publicou um livro dos atletas olímpicos do século passado, no qual a Cristiane não consta. Entendemos que ela deve dar as explicações cabíveis", afirmou o dirigente, após evento na Arena Corinthians para anunciar São Paulo como cidade sede da Olimpíada.

De acordo com a história contada no blog da Kátia Rubio e reproduzida no blog do jornalista Daniel Brito, do UOL (empresa do Grupo Folha, que edita a Folha), dois atletas teriam mentido para sair no livro. Segundo o colunista da Folha Juca Kfouri, um dos depoimentos forjados foi de Cristiane Paquelet.

A ex-nadadora encontrou Kátia Rubio na sede do COB e deu seu depoimento em vídeo sobre uma eventual participação sua nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972. No depoimento, Paquelet falou detalhes da Vila e da piscina alemã e disse que ficou fora da competição após se contundir durante os treinamentos.

Kátia foi alertada sofre o falso depoimento no dia 26 de agosto –um dia após o lançamento do livro, que foi resultado de uma pesquisa de 15 anos. Três nadadoras que disputaram a Olimpíada de Munique relataram que a história era falsa.

Paquelet não foi encontrada para comentar o caso.

Segundo a reportagem apurou, o outro depoimento forjado é de José Claudio dos Santos, o Zequinha, que mentiu ao dizer que foi para o Pan de 1979 e para a Olimpíada de 1980. Em Moscou disse que foi reserva do 4 x 100 m.


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