Folha de S. Paulo


Romário diz que Gilmar Rinaldi foi empresário e jogador medíocre

Romário voltou a atacar o técnico da seleção brasileira, Dunga, e o coordenador da CBF, Gilmar Rinaldi, nesta terça (29), após ser criticado pela dupla.

Desta vez, o senador pelo PSB (RJ) criticou Rinaldi, que na segunda, ao participar do programa "Bem, Amigos" no SporTV, desafiou o ex-atacante a liberar seus sigilos fiscais e bancários. Romário chamou o ex-goleiro, de quem foi companheiro na seleção campeã na Copa-1994, de "jogador e empresário medíocre".

"Sobre Gilmar Rinaldi, tenho todo direito de afirmar que ele não deveria ocupar o cargo de coordenador da seleção brasileira. Até um dia antes dele ser anunciado para a função, Gilmar Rinaldi era empresário de jogador de futebol. Não acredito na isenção dele para o cargo", escreveu Romário, em nota.

"Ontem [segunda], em um programa de TV, ele afirmou que abriria o sigilo bancário dele se eu abrisse mão da minha "imunidade parlamentar" e abrisse minhas contas. Cabe esclarecer diante da total ignorância deste senhor sobre a imunidade parlamentar. Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Ou seja, imunidade parlamentar não tem nenhuma relação com a abertura do meu sigilo bancário. Sobre mim não pesa nenhuma suspeita", continuou.

Tudo começou com uma entrevista de Romário, na semana passada, o jornal italiano "Gazzetta dello Sport", em que colocava em dúvida as convocações de Dunga para a seleção, questionando se haveria interesse de empresário por trás. Dunga respondeu, em nota, negando problemas, e ameaçando processar o senador. Rinaldi, ao SporTV, também ameaçou entrar na Justiça contra Romário.

"Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador da República, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre. Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar seus iguais, pessoas iguais a ele", escreveu Romário.


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