A secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch, afirmou nesta segunda-feira (14) que há a previsão de novos indiciamentos no caso de corrupção na Fifa.
Em maio, o FBI indiciou 14 pessoas envolvidas em esquemas de corrupção. Foram nove dirigentes ligados à Fifa e cinco empresários.
Seis cartolas, entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente e atual vice da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), estão presos na Suíça.
"Nossa investigação aumentou desde maio. O âmbito da nossa investigação não é limitado e está seguindo até onde as evidências levam. Nós antecipamos a possibilidade de apresentar acusações adicionais contra novas pessoas e entidades", disse Loretta em entrevista coletiva em Zurique, na Suíça.
A secretária de Justiça afirmou também que mantêm a esperança de extraditar para os EUA os seis dirigentes que estão detidos desde maio em território suíço.
"Esta ação deixou bem claro, mais uma vez, que os promotores de todo o mundo vão estar juntos para erradicar a corrupção e trazer esses malfeitores à Justiça. Não importa onde eles estão, nem o quão complexo seja o crime e nem o quão poderosos eles podem ser. Nossa mensagem é clara: ninguém está acima da lei", disse Loretta.
Perguntada se Joseph Blatter seria interrogado pelas autoridades norte-americanas, a secretária rechaçou dar mais detalhes.
Por causa dos escândalos de corrupção, Blatter renunciou, em junho, ao cargo de presidente da Fifa. Uma nova eleição será feita no dia 26 de fevereiro de 2016 para escolher um novo mandatário.
De acordo com o procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, outros bens de dirigentes ligados à Fifa foram confiscados em uma investigação a parte sobre as candidaturas de Rússia e Qatar para sediar as Copas de 2018 e 2022, respectivamente.
