Folha de S. Paulo


Dunga vai às eliminatórias com menos jogos do que em sua 1ª fase

Dunga vai para sua segunda eliminatória de Copa do Mundo com menos jogos preparatórios do que na sua primeira passagem pela seleção.

Nesta terça (8), contra os EUA, em Boston, a seleção brasileira tem seu último teste antes de começar a maratona de partidas no classificatório para a Rússia-2018. O Brasil estreia dia 8 de outubro, contra o Chile, em Santiago.

O confronto contra os norte-americanos será o 16° do treinador desde que reassumiu o comando da equipe, em julho de 2014, pós-fracasso no Mundial do Brasil.

Dunga, jogo 16

Entre 2006 e 2007, na sua primeira passagem como técnico da seleção, Dunga fez 20 partidas até estrear nas eliminatórias para a Copa de 2010, na África do Sul.

Daquela vez, a competição não era tão temida como agora, com pelo menos outras quatro equipes da América do Sul no mesmo nível do Brasil —Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai.

Apenas os quatro primeiros, após 18 rodadas onde todos jogam contra todos, se garantem na Rússia.

O quinto terá que disputar a repescagem contra o melhor time da Oceania.

"Nessa segunda passagem, tem mais pressão por tudo o que a seleção passou recentemente, apesar de o Brasil ter chegado entre os quatro da Copa do Mundo. Há ansiedade de todos", disse Dunga.

Menos jogos preparatórios - Dunga teve mais partidas entre 2006/2007 do que agora

MENOS TREINAMENTO

O técnico teve menos jogos para preparar a seleção por dois motivos: primeiro porque a Fifa diminuiu os amistosos durante o ano. Desde 2014, as datas reservadas para os jogos de seleções, com os clubes obrigados a liberar os atletas), não inclui fevereiro e agosto.

Outra razão foi a desclassificação nas quartas da Copa América, para o Paraguai. Em 2007, a seleção foi campeã no torneio continental, disputado na Venezuela, e portanto fez duas partidas a mais do que em 2015.

Um número menor de jogos não significa só menos tempo de ver os atletas em campo, principalmente agora que o técnico precisou mexer muito no elenco diante do fracasso na Copa América.

Representa também menos tempo de treinamento, já que os atletas não estão reunidos em datas Fifa ou torneios.

Curiosamente, o palco de "despedida" antes de estrear nas eliminatórias será o mesmo de 2007.

O Gillette Stadium, em Boston, recebeu Brasil 3 x 1 México em 12 de setembro de 2007 —gols do Brasil marcados pelo lateral-esquerdo Kléber, por Kaká, que está de volta à seleção, e pelo atacante Afonso Alves.

Um mês e dois dias depois, a seleção de Dunga estreava com empate sem gol na eliminatória contra a Colômbia, em Bogotá. Do 17 jogadores que enfrentaram os mexicanos, 11 atravessaram as eliminatórias e foram para a Copa —titular naquela dia, Ronaldinho Gaúcho não jogou na África do Sul.

A trajetória brasileira na competição começou bem, teve fase de turbulência com derrota para o Paraguai, mas no final o time liderou a tabela e se classificou com folga —foram nove vitórias, sete empates e duas derrotas.


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