Folha de S. Paulo


Sul-coreano é candidato à presidência da Fifa e faz críticas a Blatter e Platini

Kim Hong-Ji/Reuters
Chung Mong-joon durante entrevista
Chung Mong-joon durante entrevista

O sul-coreano Chung Mong-joon anunciou nesta quinta-feira (30) que vai concorrer à presidência da Fifa. Acionista majoritário da Hyundai, o empresário, 63, já foi vice-presidente da entidade.

Chung Mong-joon anunciou a candidatura um dia após Michel Platini, ex-jogador francês e atual presidente da Uefa, confirmar também que vai concorrer ao cargo.

"Durante esses quatro anos, espero conseguir realizar o meu programa e fazer da Fifa uma verdadeira ONG [Organização Não Governamental] desportiva, aberta, transparente, moral e ética", afirmou Chung Mong-joon durante entrevista.

O sul-coreano fez duras críticas ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, que decidiu deixar o cargo em meio ao escândalo de corrupção que levou à prisão de sete cartolas, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Ele classificou o dirigente como "canibal corrupto".

O sul-coreano também não poupou críticas ao ex-jogador francês. "Platini é bom para o futebol, mas pode ser um bom presidente da Fifa? Penso que não. Ele é um produto do atual sistema da Fifa", disse.

Chung Mong-joon foi presidente da Associação de Futebol da Coreia de 1993 a 2009 e fez parte do Comitê Executivo da Fifa de 2002 a 2011. Foi ainda uma figura-chave para a Coreia do Sul sediar, com o Japão, a Copa de 2002.

Em 2012, chegou a anunciar que concorreria às primárias de seu partido, o governista Saenuri, para candidatar-se às eleições presidenciais.

De acordo com a Forbes, Chung Mong-joon é o 29º mais rico da Coreia do Sul, com uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão (R$ 4 bilhões).

A data da eleição para a escolha do novo presidente da Fifa foi anunciada na semana passada pelo Comitê Executivo da Fifa e será realizada no dia 26 de fevereiro.

O prazo para registro de candidaturas é 26 de outubro.

Até a eleição, Blatter continua no posto. Ele já avisou que não há chance de concorrer novamente.

O ex-jogador brasileiro Zico já demonstrou intenção de disputar as eleições, mas, por enquanto, tem pouco respaldo político — nem mesmo a CBF deve dar algum tipo de apoio.

O príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, derrotado por Blatter em maio, cogita ser candidato, mas perdeu fôlego e, sobretudo, seu principal apoio, a Uefa.


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