Folha de S. Paulo


Suíça extradita aos EUA primeiro dos sete suspeitos de corrupção na Fifa

A Justiça da Suíça informou nesta quinta-feira (16) que extraditou para os Estados Unidos um dos sete dirigentes acusados do maior caso de corrupção da história do futebol mundial.

No breve comunicado divulgado pela Justiça suíça não foi divulgado o nome do extraditado.

"O primeiro dos sete dirigentes da Fifa mantidos sob custódia na Suíça foi extraditado para os EUA em 15 de julho", informou o comunicado. "Ele foi entregue a uma escolta de três policiais dos EUA em Zurique que o acompanharam em um voo para Nova York."

De acordo com a agência de notícias Reuters, o dirigente extraditado foi Jeffrey Webb, ex-vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf. Na semana passada, Webb havia concordado em ser extraditado aos Estados Unidos para enfrentar acusações de corrupção.

Webb estava preso na Suíça desde o dia 27 de maio após uma operação surpresa da polícia suíça realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção.

Além de Webb, os outros seis cartolas presos são o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente e atual vice-presidente da entidade, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel.

Na última terça-feira (14), Marin foi ouvido por autoridades da suíça pela primeira vez desde a sua detenção.

Segundo os advogados de Marin, ele foi questionado se sabia dos crimes que foi acusado. O dirigente respondeu que sim. Foram feitas outras 14 perguntas. Nenhuma delas sobre o mérito dos crimes.

Apenas a defesa do cartola teve acesso à audiência.

A audiência é o primeiro passo para o processo de extradição para os Estados Unidos.

O brasileiro contestou o pedido da Justiça americana para que ele seja mandado pelas autoridades suíças para o país. Na audiência desta terça-feira, a defesa do brasileiro argumentou que não há provas na acusação feita contra ele.

Marin responde por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil.

A defesa do dirigente tem até o dia 28 de julho para apresentar uma defesa técnica contra a extradição. Os advogados afirmam que irão recorrer até a Suprema Corte da Suíça.

Editoria de arte/Folhapress
DIRIGENTES DETIDOS Confira quem foi preso na Suíça
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