Folha de S. Paulo


Sem sinal oficial, Record ainda tenta transmitir final histórica do polo

A final do polo aquático masculino que pode dar ao Brasil uma medalha de ouro que o país não conquista há 52 anos no Pan não seria transmitida para qualquer lugar do mundo.

A Record, detentora dos direitos de transmissão do Pan, porém, se movimenta para tentar levar aos brasileiros as imagens da decisão contra os Estados Unidos, nesta quarta-feira (15), às 21h (de Brasília).

A arena de disputa do polo é uma das quais a emissora canadense CBC, que gera as imagens para todos os detentores de direito, não ofereceu sinal.

Assim, junto à Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), a Record e outras emissoras das Américas tentam viabilizar a transmissão ao vivo destes esportes com sua própria estrutura.

É o caso do polo aquático nesta quarta. Segundo a Folha apurou, a emissora paulista está prestes a conseguir viabilizar a transmissão na Record News. Devido à grade de programação engessada no horário nobre, a Record provavelmente transmita apenas entradas ao vivo da arena do polo.

Este grupo de emissoras que comprou os direitos destes Jogos já conseguiu transmitir imagens ao vivo de outros nove esportes neste Pan que não tinham sinal direto da CBC, como hóquei sobre grama, beisebol, tiro com arco, levantamento de peso e rúgbi.

Desde os Jogos Olímpicos de Pequim-2008, há sinal de todas as arenas e todos os esportes para os detentores dos direitos. No Pan, porém, é diferente, devido ao orçamento bem mais baixo dos organizadores.

Aliás, é o Comitê Organizador quem define quais esportes vai ou não transmitir, de acordo com o investimento que foi feito naqueles Jogos.

No caso de Toronto, o comitê, junto à CBC, decidiram os esportes que ficariam fora. Houve negociações com outras TVs desde 2013, e alguns esportes foram incluídos no programa.

A exclusividade da Record na transmissão dos Jogos Pan-Americanos para TV aberta no país se manteve de 2011 para 2015. Mas o investimento da emissora paulista foi reduzido para esta edição em Toronto em relação à Guadalajara.

Se há quatro anos a equipe da Record tinha 245 profissionais na cidade mexicana, desta vez são 80 na sede canadense.

Para ter os direitos exclusivo de Guadalajara-2011, a Record pagou à época aproximadamente R$ 12 milhões. Aquele foi o primeiro grande teste da estratégia da emissora de abocanhar eventos top do esporte mundial.

Na negociação, tiraram da Globo também os direitos de transmissão do Pan de 2015 (por cerca de R$ 20 milhões) e das Olimpíadas (R$ 139 milhões pelos Jogos de verão de 2012 e de inverno de 2010). A Record também tem os direitos do Pan de Lima-2019.


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