Folha de S. Paulo


Em dia sem medalhas, atletas de tiro se queixam de arena

Sem atingir o pódio nesta segunda-feira (13), atiradores brasileiros se queixaram dos locais de tiro nas competições dos Jogos Pan Americanos de 2015. O Centro de Tiro de Innisfil, cidade ao norte de Toronto, foi reformado para a competição.

As críticas mais fortes partiram da atiradora Janice Teixeira, que ficou em quinto na prova do tiro ao prato na fossa olímpica.

"A gente enfrentou um campo de tiro absurdo. Isso aqui não é nem justo. As máquinas fazem um lançamento de prato absurdo. O prato é muito duro, não quebra. Várias vezes o juiz deu prato bom só com o pó, sem quebrar o prato", disse ela logo após a prova.

Teixeira acertou 10 dos 15 pratos lançados na semifinal. As primeiras colocadas nessa fase acertaram 13.

O capitão do Exército Bruno Heck, 28, medalhista de bronze em Guadalajara-11, terminou em quarto lugar na modalidade carabina de ar. Ele também afirmou que o stand de tiro tinha problemas, embora não tenha atribuído o resultado às falhas.

"O stand tem lá suas limitações. Eles vão ter que fazer algumas reformas aqui se quiserem sediar competições mais importantes. A luminosidade não é a ideal. O chão se movimenta quando as pessoas andam atrás [na plateia]. Mas foi difícil para todo mundo", disse ele.

Ambos afirmaram que saíram satisfeitos com o desempenho. No domingo (12), o atirador Felipe Wu, 23, conquistou a medalha de ouro na categoria de pistola de ar.

"Não é a minha prova mais forte, mas tinha chance de medalha. Já tive melhores resultados este ano", disse Heck, que ainda disputa as provas de carabina deitado e carabina três posições

"Consegui chegar às finais, o que foi uma vitória para mim. Agora é abaixar a cabeça e esperar 2016, na Olimpíada do Rio, disse Teixeira, favorita para conquistar a vaga do Brasil nos Jogos do ano que vem.


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