O Comitê Olímpico Cubano tentou barrar, sem sucesso, a participação do jogador Ives González, da seleção brasileira de polo aquático, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que começam nesta semana.
A entidade enviou uma carta à organização do evento para impedi-lo de defender o Brasil. Os cubanos alegaram que o jogador não estaria apto a participar da competição com as cores verde e amarela. O COB (Comitê Olímpico do Brasil) entrou em ação para mantê-lo.
Segundo Paulo Rogério Rocha, chefe de equipe do polo aquático no Pan, a situação foi definida nesta segunda-feira (6) após congresso técnico da modalidade. González foi liberado para atuar nesta terça, na estreia no Pan.
Cubano de nascimento, González, 34, naturalizou-se no início de 2014 e já defendeu a equipe brasileira na Liga Mundial Masculina de Polo Aquático, encerrada há oito dias. No torneio, realizado em Bergamo (Itália), a seleção brasileira obteve a medalha de bronze, feito inédito.
Antes, ele havia jogado pela seleção de Cuba. Foi, por exemplo, medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999 pela ilha caribenha. González é casado com uma brasileira e reside em São Paulo há alguns anos, onde defende o Esporte Clube Pinheiros.
Além de González, o time brasileiro masculino de polo aquático tem outros jogadores que obtiveram cidadania recentemente, como Josip Vrlic (croata), Paulo Salemi (italiano), entre outros. Todos têm liberação para atuar no Pan.