Em entrevista ao canal "TyC Sports", o meia argentino Di María falou sobre suas expectativas em disputar a final da Copa América após ter ficado de fora da final da Copa do Mundo de 2014, quando a Argentina foi derrotada pela Alemanha na final e ficou com o vice-campeonato. Segundo o jogador, o Real Madrid, seu clube à época, enviou uma carta à delegação argentina pedindo que não disputasse o jogo decisivo do Mundial.
"Tudo aconteceu em uma hora. Acordei para fazer um tratamento e estar o melhor possível para a partida, além de provar que estava bem. Apareceu o médico e me trouxe uma carta do Real Madrid que havia chegado à AFA pedindo que eu não jogasse. Ele me disse que a decisão era minha, que ele só estava me mostrando o que estava acontecendo", disse Di María, que sentiu dores na partida das quartas de final, contra a Bélgica.
"Peguei a carta e perguntei de quem era. O médico disse que era do Real Madrid, pedindo que não jogasse. Sem lê-la, rasguei. Rapidamente, fui falar com [Julio] Grondona. Perguntei se a carta era um problema. Ele disse que não, que a decisão era minha. Ele chamou Sabella [o treinador] para conversar. Eu disse que estava com 85%, 90% da minha condição física, e que não me importava o que aconteceria comigo, se me lesionaria na final. O risco era meu, mas queria que decidissem o melhor para o grupo", continuou.
"Alejandro [Sabella] preferiu colocar Enzo Pérez e tudo bem. Fizemos uma partida espetacular e tivemos azar ao sofrer um gol no final. Acho que merecíamos ganhar. Não tenho rancor quanto ao Sabella", disse.
Di María ainda acrescentou que se sentiu aliviado quando acabou a partida contra o Paraguai pela semifinal da Copa América, pois então "finalmente poderia jogar uma final."