Folha de S. Paulo


Sucesso em Mundial sub-20 forjou finalistas da Copa América

Enrique Marcarian/Reuters
Argentina campeã mundial sub-20 de 2005, com Messi (18), Zabaleta (8) e Gago (17) como titulares
Argentina campeã mundial sub-20 de 2005, com Messi (18), Zabaleta (8) e Gago (17) como titulares

Quem acompanhou os Mundiais sub-20 da década passada já tinha razões suficientes para imaginar que Chile e Argentina poderiam decidir a Copa América que seria disputada em 2015.

As seleções que disputam neste sábado (4), em Santiago, o título continental começaram a ser forjadas em campanhas de sucesso histórico nas categorias de base.

Dos 23 jogadores que integram hoje a equipe adulta da Argentina, nove foram campeões mundiais juniores.

Foram dois títulos consecutivos, em 2005 e 2007.

O time que venceu a competição dez anos atrás revelou um reserva (Gago) e cinco titulares atuais: Garay, Zabaleta, Biglia, Agüero e Messi, que foi o artilheiro e o melhor jogador daquele torneio.

Já a equipe campeã de 2007 contava mais uma vez com Agüero, também goleador e craque do campeonato, e tinha também o goleiro Romero, Banega e o meia Di María.

No caminho para aquela conquista, os argentinos tiveram de passar por um Chile que contava com Medel, Isla, Vidal e Alexis Sánchez, todos hoje na seleção adulta.

Editoria de arte/Folhapress

A derrota por 3 a 0 na semifinal (Di María fez um dos gols) impediu que o Chile alcançasse a decisão inédita.

Mesmo assim, o país terminou na terceira colocação e fez sua melhor campanha na história dos Mundiais sub-20.

Apesar do sucesso na base, as gerações atuais de Argentina e Chile ainda buscam seus primeiros títulos no futebol dos adultos. E é isso que torna a final da Copa América tão especial para ambos.

Os argentinos vivem o maior jejum de sua história. Desde 1993, quando venceram o torneio continental pela última vez, não ganharam nada com a seleção principal.

Bateram na trave por várias vezes, inclusive na Copa do Mundo de 2014, quando foram vice-campeões.

Esse é um vazio no currículo de Messi. Aos 28 anos, ele já foi eleito quatro vezes o melhor do mundo e ganhou tudo que era possível pelo Barcelona, mas, pela Argentina, só venceu o Mundial sub-20 e uma Olimpíada (sub-23).

Se o jejum argentino já impressiona, o chileno é ainda maior. Ele está em vigor desde que a seleção foi formada, em 1910, para um amistoso contra a Argentina.

Em 105 anos de história, o melhor que a "Roja" conseguiu foi ser quatro vezes vice da Copa América e terceira no Mundial de 1962.

CHILE
Bravo; Isla, Rojas e Beausejour (Mena; Díaz, Vidal, Aaránguiz e Valdivia; Alexis Sánchez e Vargas
Técnico: Jorge Sampaoli

ARGENTINA
Romero; Zabaleta, Otamendi, Garay e Rojo; Mascherano e Biglia; Messi, Pastore e Di Maria; Aguero
Técnico: Tata Martino

NA TV
17h - apenas no SportTV

Infográfico Seleções na Copa América


Endereço da página:

Links no texto: