Folha de S. Paulo


Nadadora diz que não representará quem aplaude Eduardo Cunha no Pan

Divulgação/Satiro Sodré/SSPress
Joanna Maranhão no Campeonato Paulista de Natação
Joanna Maranhão no Campeonato Paulista de Natação

Representante do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a nadadora Joanna Maranhão desabafou nas redes sociais contra a aprovação da proposta da redução da maioridade penal pela Câmara dos Deputados, que aconteceu na madrugada desta quinta-feira (2).

"É a segunda vez que acordo e tomo conhecimento das manobras criminosas que Eduardo Cunha tem feito no Congresso e sinto um desgosto muito grande. Não há nenhum dado que me convença que a redução maioridade penal resolve a violência. A gente sabe que no Brasil quem vai ser preso é menor de idade, preto e de favela. O menor infrator de família bem resolvida e com grana não vai para a cadeia", disse a atleta.

"A gente que é atleta, que pensa um pouco diferente e que se compadece com o outro é chamado de 'esquerda caviar', de 'hipócrita'. Vou para o Pan-Americano, vou representar o meu país, mas não vou representar essas pessoas que batem palma para [Marco] Feliciano, [Jair] Bolsonaro, Eduardo Cunha, [Silas] Malafaia. Não são vocês que eu estou representando. Não faço questão de ter a torcida de vocês", continuou Maranhão.

Nadadora do Pinheiros, em São Paulo, a pernambucana foi destaque no Campeonato Paulista de natação, no último final de semana. Um ano depois de voltar da aposentadoria, aos 28 anos, ela foi a mais rápida em seis das oito provas de que participou.


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