Folha de S. Paulo


Criticados, selecionáveis movimentam meio bilhão em transferências

Após a emblemática derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo e a recente eliminação da Copa América diante do Paraguai, a seleção brasileira tem sido motivo de revolta e mesmo de chacota dos próprios torcedores. Nas redes sociais, é comum ouvir que essa é a "pior geração do futebol do país."

No entanto, levando-se em conta as transações recentes, o mercado estrangeiro parece ter uma opinião diferente sobre os jogadores que compõem essa seleção.

Em meio a uma crise econômica internacional, clubes europeus têm ultrapassado a casa das centenas de milhões de reais para contar com esses atletas em seus elencos.

Nesta quarta-feira (1º), o alemão Bayern de Munique anunciou a contratação do meia Douglas Costa, que estava no Shakhtar Donetsk (UCR), por € 30 milhões (cerca de R$ 104 milhões).

Aos 24 anos, cinco deles na Ucrânia, ele se tornou protagonista da terceira transferência mais alta da história do clube, que conta em seu elenco com jogadores como o francês Ribéry, o holandês Robben e o alemão Muller.

Na seleção, Douglas foi reserva durante a Copa América e perdeu um dos pênaltis na partida contra o Paraguai.

Editoria de arte/Folhapress

Titular da seleção e herdeiro da braçadeira de capitão após a suspensão de Neymar na Copa América, o zagueiro Miranda, 30, saiu do Atlético de Madri e foi contratado por € 15 milhões (R$ 52 milhões) pela Inter de Milão. Trata-se de um alto investimento do clube italiano em um jogador dessa faixa etária.

Relativamente desconhecido no Brasil, o atacante Roberto Firmino, que conquistou a titularidade ao longo da Copa América, tornou-se a segunda contratação mais cara da história do clube inglês Liverpool, que desembolsou € 41 milhões (cerca de R$ 143 milhões) para tirá-lo do Hoffenheim (ALE).

Outro selecionável de Dunga que agita o mercado de transferências é Robinho. Aos 31 anos, reserva da seleção e com uma passagem decepcionante pela Europa, recebeu ofertas vultuosas do Querétaro, do México, e do Guangzhou Evergrande, time de Luiz Felipe Scolari na China.

Dos chineses ele recebeu a oferta salarial de € 12 milhões anuais (R$ 42 milhões) por um contrato de três anos. O jogador já revelou a pessoas próximas que o seu destino deve ser o Guangzhou, onde trabalhará pela primeira vez em um clube com Felipão.

Ainda neste ano, em março, o lateral Danilo, convocado para a Copa América mas cortado por lesão, foi do Porto para o Real Madrid em uma transação de € 31,5 milhões (R$ 110 milhões). Foi a quarta transferência mais cara da história envolvendo um jogador do setor defensivo.

Somadas, as transferências podem ultrapassar meio bilhão de reais, quantia expressiva para uma geração tão desvalorizada no Brasil.

Infográfico Seleções na Copa América


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