Folha de S. Paulo


Médico da seleção diz que não conseguiu identificar causa de virose

O médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, disse que mais da metade do elenco acordou na quinta (25), ainda em Santiago, com dor de cabeça, dor no corpo e febre.

"É um quadro de virose. Não sabemos se por alimentação, ou pela poluição, que pode ser um fator. Mas eles treinaram, com pequena diminuição de intensidade, e estavam liberados para o jogo", disse Lasmar.

O técnico Dunga usou a virose como um dos fatores para a eliminação para o Paraguai, neste sábado (27). O Brasil perdeu nos pênaltis (4 a 3). Éverton Ribeiro e Douglas Costa desperdiçaram suas cobranças.

No tempo normal, as equipes empataram em 1 a 1. Robinho abriu o placar no primeiro tempo. O gol de empate foi marcado por Derlis González na fase final. Ele cobrou o pênalti infantil cometido por Thiago Silva.

Lasmar assumiu como chefe do departamento médico da seleção após a Copa-2014, na reformulação feita pela CBF depois do vexame no Mundial e da derrota de 7 a 1 para a Alemanha. Lasmar já fazia parte do departamento médico, mas o chefe era José Luiz Runco, que esteve à frente do setor por mais de dez anos.

Segundo ele, os jogadores foram medicados e alguns membros da comissão técnica também sentiram os efeitos da virose.

Dos dez jogadores que conversaram com os jornalistas na saída do vestiário, somente Diego Tardelli e Thiago Silva falaram que a virose atrapalhou.

"Não podemos colocar a culpa nisso. Não fizemos um segundo tempo bom", disse o lateral-esquerdo Filipe Luís.

O meia Willian disse que sentiu ânsia no intervalo da partida, foi medicado, mas estava bem quando foi substituído por Douglas Costa, no início do segundo tempo.

"Estava bem, talvez o Dunga tenha achado que eu ainda estava me sentindo mal. Nenhum jogador gosta de sair, mas a opção é do treinador", disse o meia Willian.


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