Folha de S. Paulo


Deputado do PTB contrata advogados para defesa de Marin

Preso há 13 dias na Suíça e sem respaldo da CBF, José Maria Marin recebeu apoio de um grupo de amigos liderados pelo presidente do PTB-SP, Campos Machado.

O deputado estadual acertou a contratação de dois advogados brasileiros que vão à Suíça nesta quarta (dia 10).

"Vamos dar toda a assistência que ele precisar", afirmou Machado. Marin é o primeiro vice-presidente do PTB do Estado de São Paulo.

Os advogados foram contratados na última quinta-feira (4) e, segundo o deputado estadual, serão pagos por um grupo de amigos do cartola, liderados por Machado.

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O deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB-SP
O deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB-SP

Chegando à Suíça, os advogados, cujos nomes não foram revelados, vão se informar sobre as medidas que podem ser tomadas na defesa de Marin. Querem saber, por exemplo, se é possível pagar algum tipo de fiança ou multa para que ele seja solto.

A defesa de Marin argumenta ainda que ele possui problemas de saúde, além da idade avançada, 83 anos. A partir desse diagnóstico, entendem que pode ser pedida uma transferência do dirigente a um hospital suíço.

A família de Marin e seus amigos mais próximos têm tido acesso a poucas notícias sobre o estado do cartola na prisão e como é conduzida sua defesa na Suíça.

O ex-presidente da CBF já é defendido por um advogado na Suíça. Georg Friedli, especialista em cooperação internacional e lavagem de dinheiro, foi contratado pela Conmebol para defender Marin e os outros cartolas sul-americanos presos.

Nesta segunda-feira (8), encerrou-se o prazo para que os cartolas presos na Suíça fizessem a primeira apelação contra as detenções.

Procurados pela reportagem, nem Friedli nem a Justiça suíça confirmaram se eles entraram com recurso.

Mas a previsão da defesa dos dirigentes era que isso acontecesse na segunda.

Já o processo de extradição para os EUA, pedido pela Justiça norte-americana, pode durar até seis meses.

Marin foi preso no dia 27 de maio no hotel em que estava para a eleição à presidente da Fifa. Ele é acusado de receber propina em contratos da CBF.

Editoria de Arte/Folhapress

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