Folha de S. Paulo


Fora da Copa América, Oscar só perde para Neymar em frequência na seleção

O que mais chamou a atenção na lista de convocados para a Copa América, nesta terça (5), foi uma ausência. Com lesão muscular que limitaria sua preparação para a competição, o meia Oscar, que vinha atuando como titular, ficou fora dos 23 chamados.

Oscar, 23, não tem o peso de Neymar na seleção, mas vem de sequência impressionante: ele é titular desde 2012 com os três últimos treinadores (Mano Menezes, Felipão e Dunga).

Dos últimos 41 jogos da seleção principal, foi titular em 37 –em dois começou no banco e entrou e em outros dois esteve fora por lesão. Só Neymar, com 39 jogos como titular dos 41, teve presença mais constante.

No lugar de Oscar, foi chamado Everton Ribeiro, do Al-Ahli, time dos Emirados Árabes. Melhor jogador do Brasileiro em 2013 e 2014 pelo Cruzeiro, o meia, contudo, não é o favorito para ocupar a vaga de Oscar, pelo menos no início da preparação.

Philippe Coutinho, 22, tem se destacado no Liverpool e foi opção a Oscar no último amistoso do Brasil, em março contra o Chile, quando Dunga quis testar opções.

Coutinho esteve em todas as convocações do técnico, mas tem característica diferente de Oscar. Enquanto o meia do Chelsea segura mais a bola, deixando o time mais cadenciado, Coutinho alia velocidade e técnica, em estilo que lembra mais Neymar.

OS REMANESCENTES
Só oito atletas que estavam na Copa-2014 foram chamados –seriam nove com Oscar.

O número de remanescentes está dentro de um padrão de renovação de uma Copa do Mundo para uma Copa América, considerando as três últimas décadas.

Editoria de Arte/Folhapress

Mas a renovação é maior do que a lista do último torneio continental. De 2010, Copa da África do Sul, para 2011, Copa América na Argentina, o técnico Mano Menezes levou nove remanescentes.

Os oito que estavam no Mundial de 2014 e que Dunga levará ao Chile são Jefferson, Thiago Silva, David Luiz, Luiz Gustavo, Fernandinho, Marcelo, William e, claro, Neymar.

"O que aconteceu na Copa é fato único", disse Dunga. "O futebol brasileiro segue admirado, a camisa da seleção, respeitada".

A seleção se apresenta dia 1º de junho, em Teresópolis, no Rio, e estreia no dia 14 contra o Peru, em Temuco (a 670 km de Santiago)


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