Pelé foi cinco vezes campeão pelo Santos no estádio do time, a Vila Belmiro. Neymar uma vez, em 2011, uma final de Campeonato Paulista contra o Corinthians.
Robinho conseguiu neste domingo (3), em sua terceira passagem pelo clube, igualar estes outros ídolos do clube e levantar uma taça em casa.
Ainda se recuperando de um edema na coxa esquerda, Robinho teve atuação inspirada no primeiro tempo, com uma assistência (toque de primeira, com classe) para o primeiro gol, de David Braz.
No segundo gol, fez o lançamento, Ricardo Oliveira dividiu com a zaga e marcou.
Deu passe de calcanhar, driblou e parecia o Robinho que, em 2002, levou o time ao título brasileiro aos 18 anos.
No segundo tempo cansou, foi substituído e não bateu os pênaltis. Mas durante as cobranças ficou emocionado.
"Temos que valorizar esse grupo aqui, que teve um começo do ano com vários problemas e mostrou que tem qualidade", disse Robinho.
Robinho foi o porto seguro fora de campo dos jogadores que tiveram de enfrentar até salários atrasados. E dentro de campo mudou seu estilo: de goleador, passou a ser aquele que arma e põe os companheiros na cara do gol.
Um Robinho experiente, que agora terá o desafio de definir o seu futuro –emprestado pelo Milan, tem contrato com o Santos até 30 de junho. O clube vai tentar contratá-lo, já que o time italiano não aceita reemprestá-lo.
Ele deverá ser chamado por Dunga na terça (5), para disputar a Copa América do Chile pela seleção brasileira.
Durante a semana, um funk com Robinho projetando o título agitou os bastidores da final. "Não foi para desrespeitar o Palmeiras, foi uma brincadeira com meus companheiros", disse Robinho.
No fim do primeiro tempo, Dudu e Geuvânio foram expulsos após se enroscarem na área. No segundo tempo, houve outra expulsão, de Victor Ramos, o que fez o Palmeiras se fechar e levar a decisão aos pênaltis.
Vladimir defendeu o chute de Rafael Marques, e Jackson chutou no travessão. O Santos marcou seus quatro chutes. Campeão.