Folha de S. Paulo


Fã e colega de Messi e Neymar, Rafinha sonha em jogar no Maracanã

Alejandro Garcia/Efe
Neymar (esq.) e Rafinha durante treino do Barcelona
Neymar (esq.) e Rafinha durante treino do Barcelona

Ídolo, o irmão Thiago Alcântara. Maior da história, o amigo Lionel Messi. Neymar? Um monstro em campo.

Os pitacos são de Rafinha Alcântara, 22, que tem um currículo jogando ao lado de estrelas mundiais no Barcelona que o eleva imediatamente a sensação da seleção brasileira olímpica (sub-23) que fará dois amistosos esta semana no Brasil como preparação para os Jogos de 2016, no Rio.

Filho de Mazinho, ex-lateral e volante campeão mundial com a seleção em 1994, Rafinha, com dupla nacionalidade, chegou a defender a base da seleção espanhola, mas diferentemente do irmão Thiago, um ano mais velho, ele preferiu esperar a chance de defender o Brasil.

"Paciência é a palavra. Sempre quis jogar pelo Brasil, e acho que observar esses grandes jogadores com quem joguei vai me ajudar muito a defender meu país", disse Rafinha à Folha em Vitória, onde na sexta (29) o Brasil enfrenta o Paraguai sub-23.

No meio de campo Rafinha tem aprendido com os geniais Iniesta e Xavi, mas seus olhos brilham ao falar de Messi.

O argentino é introvertido, mas mais próximo dos atletas sul-americanos do elenco do Barcelona. E Rafinha não mede palavras para elogiar o atacante, para ele o melhor da história. Mas e Pelé?

"É difícil, é difícil, mas o Pelé não pude ver jogar e graças a Deus vou poder falar para os meus netos que joguei ao lado do Messi. O que ele faz em campo é extraordinário", disse Rafinha.

Neymar está bem adaptado à Espanha já, diz Rafinha, que na temporada passada foi emprestado ao Celta-ESP para ganha experiência.

"É um monstro também. Ele e Messi se dão super bem, e impressiona o carinho que a torcida tem pelos dois".

Na atual temporada, Rafinha tem tido mais tempo em campo pelo Barcelona, clube que defende na base desde os 13 anos. Foram 28 jogos entre Espanhol, Liga dos Campeões e Copa do Rei, com dois gols.

Nascido em São Paulo em 1993, quando o pai defendia o Palmeiras, mas carioca de coração e simpatizante do Flamengo, para tristeza de Mazinho, que é ligado ao Vasco, Rafinha tem a segunda convocação que dá certo para a seleção olímpica. Ele participou de um torneio no Qatar, em setembro de 2014, mas os amistosos de outubro e novembro ficou fora devido à lesão.

"Pressão nesse time olímpico vai existir pelo ouro como existe em tudo no futebol. O fator torcida pode ajudar, devem apoiar esse time mais jovem" disse Rafinha, se referindo ao fato de o Brasil nunca ter conquistado o título olímpico e de jogar em casa, onde ano passado fracassou na Copa do Mundo.

Se ele for chamado por Alexandre Gallo para 2016, e o Brasil chegar até as finais, Rafinha vai realizar um sonho: jogar no Maracanã, o que não fez até hoje.


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