O Bom Senso FC, grupo de jogadores que pedem mudanças na administração do futebol brasileiro, comemorava na noite desta segunda-feira (19) a informação que receberam de que a presidente Dilma Rousseff vetou o artigo da Medida Provisória 656 que previa o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol sem contrapartidas para melhorar a gestão.
A confirmação do veto de Dilma aconteceu na manhã desta terça (20), com a publicação no Diário Oficial. Esta segunda era a data-limite para a presidente analisar a MP 656.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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O governo federal cobrou "responsabilidade fiscal dos clubes e entidades, a transparência e o aprimoramento de sua gestão, bem como a efetividade dos direitos dos atletas".
O artigo 141 da previa que os clubes poderiam refinancias suas dívidas com a União em 240 vezes, com descontos de 70% em multas e 50% em juros, sem precisar cumprir medidas de responsabilidade financeira.
O tema é debatido na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que ainda não teve o texto final finalizado. O artigo sobre o refinanciamento acabou entrando na MP 656, que trata de isenção de imposto a importação de aerogeradores, máquina usada na agropecuária.
Foi uma maneira que parlamentares ligados a clubes encontraram de tentar aprovar o refinanciamento antes da criação da Lei de Responsabilidade.
O Bom Senso defendia o veto. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os clubes e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais defendiam a aprovação. Para o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, é importante que os clubes comecem do zero.
A CBF incluiu em seu novo Regulamento Geral das Competições normas que visam punir clubes que não gerirem bem seu dinheiro, com perda de pontos e até rebaixamento em casos mais graves.
O Bom Senso acha pouco e pede regras mais rígidas para o Fair Play financeiro, inclusive com responsabilização dos dirigentes.
| Pedro Ladeira - 21.jul.2014/Folhapress | ||
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| Presidente Dilma Rousseff recebe os atletas do Bom Senso F.C. em julho de 2014 |