Folha de S. Paulo


Banco do Brasil retoma parceria com a CBV e mantém patrocínio ao vôlei

Depois do rompimento em dezembro do ano passado, a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) anunciou nesta segunda-feira (19) a retomada do acordo com o Banco do Brasil pelo patrocínio ao vôlei do país.

A entidade que administra a modalidade tomou as medidas exigidas pelo Banco do Brasil e pela Controladoria Geral da União (CGU) e assinou um novo acordo com a instituição.

O banco havia suspenso o contrato de apoio após um relatório da CGU comprovar irregularidades na gestão de dinheiro público na confederação. O acordo vigente da CBV com o banco tem duração até 30 de abril de 2017 e prevê confidencialidade.

"Nos aditivos assinados constam a implantação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV com participação de representantes da comunidade do voleibol, implantação de regras de contratações, reformulação do Conselho Fiscal, definição de parâmetros na destinação do bônus de performance aos atletas, criação da Ouvidoria da CBV e o compromisso de buscar ressarcir os valores pagos de serviços sem comprovação de execução", disse a entidade que administra o vôlei do país.

"A CBV assumiu junto ao Banco do Brasil o compromisso de que todos os itens dos aditivos sejam implementados em 90 dias. A continuidade dos pagamentos previstos em contrato, retomada pela assinatura dos aditivos, garante ao voleibol a manutenção das etapas do vôlei de praia e o planejamento das seleções com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016, inalterados", afirmou.

O Banco do Brasil patrocina a CBV desde 1991. O contrato mais recente entre as partes foi assinado em 2012.

Em março, a CGU determinou abertura de investigação sobre contratos firmados entre a CBV e o banco entre 2010 e 2013, na gestão do ex-presidente Ary Graça Filho, hoje mandatário da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

A menos de dois anos do início dos Jogos Olímpicos do Rio, o vôlei é considerado chave para o Brasil chegar à meta de ao menos 27 medalhas e um lugar no top 10 geral. Na história, vôlei de quadra e praia têm 20 conquistas olímpicas.

"A CBV nunca pensou em encerrar o patrocínio, mas tínhamos ciência de que precisávamos racionalizar gastos, melhorar o controle e uma gestão que pudesse gerar ainda mais conquistas, ainda mais desenvolvimento e ainda mais orgulho aos brasileiros. Nós temos esse compromisso não só com o Banco do Brasil, mas com nossos outros parceiros, nossos atletas, e o mais importante, o compromisso com o amante do voleibol brasileiro", disse Walter Pitombo Larangeiras, presidente da CBV.


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