Folha de S. Paulo


Falta de água fez seleção treinar mais, diz brasileira campeã mundial júnior

Uma brasileira está entre as favoritas ao título do Mundial sub-23 de canoagem, que vai ser disputado em abril, em Foz do Iguaçu: Ana Sátila Vargas, 18.

"Vale muito em um campeonato a experiência que você tem na pista. E a nossa é muito boa. Mesmo com este período sem água, ainda temos mais de três meses de treino antes do Mundial", explica a atual campeã mundial júnior (até 18 anos).

Mais jovem representante do Brasil nos Jogos de Londres-2012, Ana Sátila já está acostumada com os problemas naturais da modalidade.

"Na canoagem tudo pode acontecer em razão da natureza, às vezes a gente vai para uma competição, chove muito no dia e é preciso cancelar", lembra a canoísta.

Neste recente período de estiagem, os atletas da seleção viajaram para campeonatos nacionais e internacionais. Quando estavam em Foz do Iguaçu, os treinos foram de musculação, natação e em "água parada", no lago.

"Por um lado é ruim ficar sem água. Mas nunca treinamos tão intensamente quanto agora, a equipe inteira sentiu melhoria na parte física", afirmou Ana Sátila, que cursa o primeiro ano de Educação Física na cidade. Estudar é uma das obrigações para permanecer na seleção.

"O problema não é exclusivamente de treino, tem a questão educacional que é tão importante quanto os resultados desportivos. Tirar uma equipe de jovens atletas acadêmicos de uma cidade por um período de 30 dias ou mais compromete muito a questão do rendimento escolar", comentou Argos Dias Rodrigues, superintendente da CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem).

Divulgação
A canoísta Ana Sátila compete no Canal de Itaipu
A canoísta Ana Sátila compete no Canal de Itaipu

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