Folha de S. Paulo


Minoria, torcida do Atlético-MG abafa cruzeirenses no Mineirão

Embalada pelo quarto título brasileiro, conquistado no final de semana, a torcida do Cruzeiro tentou se impor logo na chegada ao Mineirão. Mas acabou abafada desde o início.

Em expressiva minoria (1.813 pagantes), os atleticanos até mesmo silenciaram os cerca de 45 mil cruzeirenses durante a execução do hino nacional.

Como o som do estádio falhou, a torcida atleticana cantou o hino do clube e sobressaiu. Assim que a bola rolou e o ímpeto atleticano prosseguiu, a torcida minoritária se inflamou.

Aos 47 minutos veio o gol de Diego Tardelli, que fez a alegria de Gabriela Monteiro, 14, que foi ao estádio com os pais e com um terço na mão. Antes mesmo do jogo ela já passava cada uma das contas.

A pressão alvinegra em campo também exacerbou o fanatismo de 20 torcedores que se infiltraram no meio da massa adversária.

A invasão ocorreu porque os atleticanos obtiveram ingressos de patrocinadores ou os compraram nas bilheterias destinadas à torcida do Cruzeiro. No começo do segundo tempo, eles foram removidos.

Do lado de fora do Mineirão, 15 torcedores foram presos porque vestiam camisas das torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente, cujos símbolos não podem ser usados nos estádios mineiros devido a confusões recentes.

Por volta das 16h, a PM prendeu sete torcedores num galpão na região oeste de Belo Horizonte, sendo quatro de uma uniformizada do Botafogo e três da Galoucura, torcida organizada do Atlético-MG.

No galpão foram encontrados um revólver calibre.32, quatro cartuchos e diversos cabos de machado e de picaretas que, a PM concluiu, seriam usadas como armas.


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