Folha de S. Paulo


Poluição e gramado são problemas para a seleção brasileira na China

Kim Kyung-Hoon/Reuters
Pequim emitiu um alerta para a poluição do ar
Pequim emitiu um alerta para a poluição do ar

Além da seleção argentina de Messi e companhia, o Brasil enfrentará um adversário incômodo no Superclássico das Américas, que será disputado em Pequim no sábado (11): o ar.

A poluição na capital chinesa está batendo os piores níveis dos últimos meses e a previsão é de que mantenha-se em alta.

Nesta quinta-feira (9), antes do terceiro treino com bola da seleção brasileira em Pequim, o atacante Robinho reclamou da poluição. "A poluição é muito forte, para respirar é um pouco complicado", disse Robinho. "Parece que estamos perto de uma fogueira, perto da fumaça", acrescentou o atacante, que treinou no time reserva.

Na terça (7), no momento em que a seleção treinava, a poluição estava quase 20 vezes mais alta que a taxa máxima recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A preocupação com a má qualidade do ar é tanta que entre os aplicativos para celulares mais populares no país estão os medidores de poluição.

Uma névoa espessa cobria o estádio onde a seleção fez o coletivo, enquanto as autoridades de Pequim emitiam alerta aconselhando as pessoas a evitar atividades ao ar livre.

No pior momento, a concentração de partículas finas (MP2,5), as mais prejudiciais à saúde, chegou a 430 microgramas por metro cúbico. O máximo recomendado pela OMS é de 25.

Outro problema que as seleções devem enfrentar é o estado do gramado do estádio Ninho de Pássaro.

Famoso pela arquitetura arrojada e por abrigar a abertura e o encerramento da Olimpíada de 2008, o estádio recebe poucos eventos esportivos e há meses não sabe o que é uma partida de futebol. Há shows para turistas e musicais esporádicos.


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