Folha de S. Paulo


Brasileiro marca na prorrogação, Real bate Atlético e ganha 10ª Champions

Após um empate no tempo normal, o Real Madrid superou o Atlético de Madri por 4 a 1, na prorrogação, e conquistou sua décima Liga dos Campeões da história, neste sábado, no estádio da Luz, em Lisboa, capital de Portugal.

O primeiro gol foi marcado aos 35 minutos de partida pelo zagueiro uruguaio Godin, que já havia feito o gol do título do Campeonato Espanhol ante o Barcelona, no sábado passado.

Aos 48min da etapa final, o zagueiro Sérgio Ramos empatou para o Real após subir livre em uma cobrança de escanteio. Na prorrogação, o galês Bale, o brasileiro Marcelo o português Cristiano Ronaldo, de pênalti, fizeram os gols do título.

Com o resultado, o técnico Carlo Ancelotti também alcançou uma marca pessoal bastante significativa em Lisboa.

Campeão no comando do Milan em 2003 e 2007, o treinador italiano, ao levantar sua terceira taça da competição europeia, igualou o recorde do inglês Bob Paisley, tricampeão com o Liverpool nos anos 1970 e 1980.

Curiosamente, os destaques individuais de ambos os times decepcionaram. O atacante Diego Costa, do Atlético, não suportou a dor de uma antiga lesão e deixou o clássico com 9 min de jogo.

Já Cristiano Ronaldo, apesar de marcar o seu 17º gol na atual edição da Champions e ampliar o próprio recorde, praticamente não tocou na bola, exceto em cobranças de falta.

O JOGO

O bilionário Real Madrid gastou mais de R$ 3 bilhões para chegar à décima conquista da Liga dos Campeões.

Apesar da fama de retranqueiro, o técnico italiano Carlo Ancelotti montou sua equipe no 4-3-3, o que não representou uma postura ofensiva.

Com um elenco mais modesto e armado em um 4-4-2 pelo argentino Diego Simeone, o Atlético de Madri foi superior ao rival no primeiro tempo, porém teve uma baixa logo aos 9min, quando o atacante Diego Costa sentiu uma antiga lesão muscular e deixou o confronto.

Mesmo sem o seu principal atacante, o Atlético manteve um ligeiro domínio, que foi convertido em gol aos 35 min.

O goleiro espanhol Casillas saiu mal da meta, o zagueiro uruguaio Godin se antecipou e encobriu o adversário com um leve toque de cabeça. Atlético 1 a 0.

Grande astro do Real e eleito melhor jogador do mundo pela Fifa, o português Cristiano Ronaldo pouco apareceu no primeiro tempo. A melhor chance madridista no período foi desperdiçada pelo galês Bale, que chutou para fora após vacilo do volante Tiago.

O time dirigido por Ancelotti retornou melhor para a etapa final, mas não conseguia finalizar e ainda sofria com os contra-ataques.

Com as entradas de Marcelo e Isco nos lugares de Coentrão e Khedira, o Real teve mais volume de jogo, porém não chegava a assustar o goleiro Courtois.

Apenas aos 32 min, Bale arrancou com liberdade e finalizou mal. Até o último minuto do tempo regulamentar, o Real rondou a área adversária.

Até que aos 48 min, o zagueiro espanhol Sérgio Ramos cabeceou livre no meio da área, empatou o duelo e levou a decisão para a prorrogação.

Sem pernas e abatido por tomar um gol no final, o Atlético ainda conseguiu segurar o empate na primeira etapa da prorrogação, mas foi atropelado na segunda.

Aos 4min, Di Maria deixou três adversários pelo caminho, chutou na saída de Courtois e a sobra ficou com Bale, que completou de cabeça para a meta vazia: 2 a 1.

Oito minutos depois, o lateral esquerdo Marcelo carregou a bola sem ser incomodado, arriscou e o goleiro belga do Atlético não conseguiu fazer a defesa.

No último minuto, o árbitro holandês Björn Kuipers assinalou um pênalti sobre Cristiano Ronaldo. Ele mesmo converteu e definiu a goleada da décima taça da Liga dos Campeões conquistada pelo Real Madrid.


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