Folha de S. Paulo


Campeonato Brasileiro em duas partes leva clubes a rever estratégias

A Série A do Campeonato Brasileiro, que começa hoje, não é atípica apenas pelo imbróglio jurídico envolvendo a Portuguesa e a CBF.

Por conta da Copa do Mundo, o torneio será dividido em duas partes, separadas por um longo intervalo.

Às 18h30 de hoje, Fluminense x Figueirense e Inter-RS x Vitória (esse com transmissão pela SporTV) dão o pontapé inicial do campeonato, que será paralisado entre os dias 1º de junho e 16 de julho em função do Mundial.

Ou seja, haverá uma pausa de mais de 40 dias.

"É uma situação horrível para os clubes", afirma Epifânio Carneiro, vice-presidente do Vitória, que pretende aproveitar os nove jogos pré-Copa para analisar o elenco e, caso necessário, investir em novos reforços.

Embalado pela boa campanha no Estadual, o Santos tem como meta integrar o G-4 quando o Brasileiro for interrompido. Zinho, gerente de futebol da equipe, crê que o momento é ideal para somar pontos, já que, depois, todos os times terão ao menos 30 dias para trabalhar. "Aí começa um novo campeonato."

Vice-campeã da Série B no ano passado, a Chapecoense tem objetivo mais modesto: quer garantir sua permanência na elite. O time, aliás, foi o que mais contratou até agora (veja quadro à esq.).

"Queremos largar bem. Na parada da Copa, os adversários terão tempo de se acertar", avalia Cadu Gaúcho, dirigente da Chapecoense.

'INTERTEMPORADA'

Boa parte dos clubes irá dar férias de dez dias aos jogadores e, em seguida, fazer o que eles têm chamado de "intertemporada".

Atlético-MG, Cruzeiro, São Paulo e Corinthians organizam excursões para amistosos no exterior.

"A retomada é sempre traumática. Então, queremos manter o elenco em atividade", afirma João Paulo de Jesus Lopes, ex-vice-presidente de futebol do São Paulo e atual vice de administração e finanças.

Já o Palmeiras deve se instalar em Atibaia, no interior de São Paulo.


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