Em meio à decisão do Paulista, e em desvantagem no confronto com Ituano (perdeu a primeira final por 1 a 0), o Santos tenta quitar débitos com o elenco.
O clube deve aos jogadores os direitos de imagens referentes a fevereiro, que venceram em 15 de março.
É praxe nos clubes que boa parte da remuneração acertada mensalmente com os atletas venha dos direitos de imagem, e não dos salários. Na prática, o clube deve a maior porcentagem dos ordenados aos jogadores.
André Zanotta, superintendente de futebol do Santos, garante que as dívidas serão quitadas até o fim da semana, antes do segundo jogo da final do Paulista. "Não há razão para alarde. O atraso não completou nem um mês e não é com todos os atletas."
Ele negou que Cícero, capitão do time, tenha se reunido com diretores, como afirmou o zagueiro David Braz.
"Essa reunião não existiu. Quem está tratando do assunto é o [gerente] Zinho, que já passou aos atletas que a dívida deve ser quitada até o fim da semana", afirma.
BARRADA
A reportagem da Folha foi impedida de entrar no treino do Ituano, ontem de manhã. A proibição foi feita pelo assessor de imprensa do clube, Acaz Fellegger.
Felleger reclamou de "tratamento desigual" na cobertura de Santos e Ituano. A atitude foi chamada de "truculenta e autoritária" pela ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"Essa atitude de não concordar com o conteúdo publicado é discriminação, um desrespeito com o trabalho jornalístico. O assessor não está prejudicando apenas o veículo de comunicação, mas as pessoas de serem informadas", disse o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira.
Em nota, a Federação Paulista de Futebol disse que a imprensa deve ser livre para exercer seu trabalho.
Colaborou LUIZ COSENZO, enviado especial a Itu