Folha de S. Paulo


Em Itu, vitória na final do Paulista não altera rotina da cidade

A final do Paulista com o Ituano como protagonista não alterou a rotina de muitos moradores da cidade de Itu, distante cerca de 100 km da capital, ontem.

A Folha esteve em Itu e se deparou com um domingo qualquer durante e depois da primeira final do Estadual.

Foram avistadas somente sete pessoas nas ruas, bares e restaurantes usando camisas do time local.

No entorno do estádio Doutor Novelli Júnior, onde o Ituano faz suas partidas, estavam apenas os funcionários da obra do centro de treinamento que está sendo construído no local para receber a Rússia na preparação para a Copa, a partir de 26 de maio.

Quando Cristian marcou para o Ituano não se ouviu nenhum grito ou estouro de fogos. Pelas ruas, pouca movimentação. Não havia enfeites ou bandeiras.

"Nem sabia que ia ter jogo", disse Roberto Tcheon, 23, que posava para fotos em frente ao orelhão gigante da Praça Independência com a namorada, Gabriela Casarotti, 22.

Nos bares, as TVs que transmitiam o jogo quase sempre eram coadjuvantes de aparelhos de som com música sertaneja. A maioria das pessoas estava sentada de costas para a tela.

"Precisamos rodar um pouco para achar uma TV que estivesse transmitindo o jogo", disse Alfredo Nunes, 30, que vestia a camisa do time e estava com amigos no Bar Trevo's. A vitória não provocou carreatas, buzinaço ou festa.

"O Ituano aqui não empolga ninguém, não", disse Fabio Iarussi, 50, dono de uma lanchonete.


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