Folha de S. Paulo


São Paulo começa a dar adeus a era Juvenal Juvêncio hoje

O São Paulo começa hoje a dar adeus a era Juvenal Juvêncio. A partir das 8h inicia a primeira fase da eleição do clube que definirá o novo presidente tricolor no dia 16.

Os sócios do clube elegem 80 novos conselheiros para um mandato de seis anos neste sábado. Daqui 11 dias, os eleitos irão se juntar aos 155 conselheiros vitalícios para votar no novo presidente.

As duas fases da eleição do São Paulo ocorrem no Morumbi. A que acontece hoje será no ginásio 4, das 8h às 17h. Mas a apuração pode se estender até a madrugada de domingo.

São 240 candidatos, metade para a chapa da situação e metade para oposição. O sócio tem de escolher um lado e votar em até 40 nomes -se escolher mais, o voto será computado para chapa e os nomes desconsiderados.

O pleito de hoje é fundamental para definir o novo mandatário. A chapa que eleger o maior número de conselheiros ficará em vantagem e dificilmente perderá dia 16.

Até por isso a campanha para agradar o sócio mobiliza o clube desde metade do ano passado. Nomes conhecidos concorrem, como o vereador de São Paulo Marco Aurélio Cunha, pela oposição e Julio Casares, vice de comunicação e marketing do São Paulo e diretor de projetos da Rede Record, pela situação.

NOVO PRESIDENTE

Desde a eleição de Marcelo Portugal Gouvêa, em 2002, o São Paulo não vive uma disputa tão acirrada entre situação e oposição no clube.

A força da oposição fez Juvenal refletir sobre o candidato que indicaria. E ele escolheu o advogado Carlos Miguel Aidar, 67, para ser o seu sucessor.

Aidar já presidiu o São Paulo entre 1984 e 1988 e foi o responsável por trazer Juvenal para o Morumbi.

O candidato imagina que o pleito de hoje terá resultado favorável ao seu grupo.

"Esperamos uma votação expressiva e algo como 70% de apoio no conselho. O resultado trará o reconhecimento de uma gestão boa para o clube e a perspectiva de uma nova diretora capacitada", avaliou Aidar.

Do outro lado, Marco Aurélio Cunha encabeçou a oposição e buscou no advogado Kalil Rocha Abdalla, 72, o nome para concorrer na eleição à presidência tricolor.

Abdalla é sócio do clube desde 1951 e, diferentemente de Cunha, é menos polêmico. Para ele, o pleito deste sábado será muito equilibrado.

"Não dá para fazer previsões, apesar de a situação se considerar em vantagem. Creio que estão exagerando. Temos visto muitos sócios do nosso lado", disse Abdalla.

Editoria de arte/Folhapress

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