Visivelmente contrariado com a atenção que recebeu no caso, Mano Menezes disse que em nenhum momento colocou em dúvida a honestidade de Muricy Ramalho. Mas lembrou que, no futebol, "não há santos".
Após o empate contra o Penapolense, no último domingo, o técnico do Corinthians falou que "os deuses do futebol" estavam olhando o que havia acontecido no Morumbi. "Cada um tem a própria consciência, quando coloca a cabeça no travesseiro", disse.
O São Paulo havia sido derrotado, minutos antes, pelo Ituano. Resultado que eliminou o Corinthians do Estadual.
"Em nenhum momento se falou sobre a honestidade e a falta de honestidade das pessoas. A defesa feita pelo Muricy, que é uma pessoa corretíssima, é desnecessária porque não falamos sobre a honestidade de ninguém", disse.
Muricy Ramalho demonstrou irritação com as declarações do colega e respondeu, falando sobre a própria ética profissional.
"Um fato é falar sobre alguém não querer ganhar, de forma desonesta. Isso não falei e jamais vou falar sem uma prova contundente. Eu estava me referindo à motivação [do São Paulo] para ganhar este jogo, que não era a mesma de uma partida normal."
O treinador corintiano lembrou que já esteve na situação oposta. Em 2009, o Corinthians foi acusado de entregar um jogo para o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. Resultado que atrapalhou a vida do São Paulo, que brigava pelo título.
"Nós tivemos de ouvir as mesmas insinuações que eles estão ouvindo agora", ressaltou.
Na última segunda-feira, a diretoria corintiana conversou com Mano Menezes e Romarinho e pediu que evitassem declarações polêmicas. As diretorias dos dois clubes vivem, pela primeira vez nos últimos sete anos, boa relação. O atacante chegou a dizer ter certeza que o São Paulo perdeu de propósito.
"Não perdemos a classificação contra a Penapolense e sim numa série de seis jogos que ficamos sem vencer", opinou Menezes, seguindo a mesma opinião de Edu Gaspar, gerente de futebol.
| Eduardo Knapp -9.mar.2014/Folhapress |
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