Folha de S. Paulo


Ministro do Esporte quer brecha no calendário para clubes viajarem

No encontro com o movimento Bom Senso FC, na última segunda-feira, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu que o modelo a ser adotado para o calendário do futebol nacional deve permitir que os clubes brasileiros realizem excursões para o exterior.

A ideia principal do chefe da pasta é internacionalizar as marcas dos times brasileiros. Segundo a Folha apurou, o ministro disse acreditar que a principal competição sul-americana, a Taça Libertadores, não atende aos interesses financeiros nem promove a imagem dos clubes nacionais no exterior.

Para Rebelo, o mercado árabe, por exemplo, não é suficiente para esse processo de internacionalização que pretende implantar para as equipes do país.

No ano passado, o São Paulo participou de três torneios internacionais no meio da temporada brasileira -Copas Audi (na Alemanha), Eusébio (em Portugal) e Suruga (no Japão). No entanto, quando retornou, o clube do Morumbi precisou disputar quatro jogos em oito dias para compensar a excursão.

Sergio Moraes/Reuters
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, durante conferência no Rio de Janeiro
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, durante conferência no Rio de Janeiro

O Santos também viajou à Europa em 2013 em meio à disputa do Campeonato Brasileiro. O motivo, no entanto, foi o amistoso contra o Barcelona, que fez parte da negociação entre os clubes por causa da venda do atacante Neymar.

Na reunião, o grupo de jogadores, que foi representado pelo goleiro Fernando Prass, do Palmeiras, entregou a proposta de fair play financeiro ao ministro.

Nela, o movimento pede duras penas a clubes e dirigentes que atrasarem salários. O projeto, que prevê uma trava no endividamento dos clubes em até cinco anos, diz que dirigentes sejam responsabilizados pessoalmente pelos atrasos. Em casos mais extremos, o documento aponta até a exclusão dos clubes devedores de competições.


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