Folha de S. Paulo


Lais Souza sofre acidente e passa por cirurgia na coluna nos EUA

A ex-ginasta Lais Souza, 25, que aguardava classificação para a prova de esqui aéreo dos Jogos Olímpicos de Inverno, sofreu um acidente na última segunda-feira durante um treinamento em Salt Lake City, nos Estados Unidos.

A família da atleta disse que houve uma torção na coluna, mas que o problema foi corrigido com essa operação.

"Não é possível apontar qual a gravidade. É preciso esperar mais a sua reação", disse Mateus Souza, irmão de Lais.

A esquiadora brasileira Josi Santos, 28, está no hospital e passou as informações para os familiares da colega no Brasil.

Josi contou que Lais respondeu a estímulos após a cirurgia, mexendo os olhos com as perguntas feitas.

Segundo Mateus, Lais sofreu o acidente após realizar o salto. No esqui aéreo, o atleta desce uma pista na neve, é lançado para o ar por uma rampa, faz acrobacias e aterrissa. "Ela estava em alta velocidade e saiu do trajeto da pista. O esqui não tem freio e ela se acidentou. Essa é a informação que temos".

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ofereceu passagem e hospedagem em Salt Lake City para um dos membros da família. "Minha mãe [Odete] está tentando conseguir um passaporte emergencial e viajar para os EUA. O COB está dando todo o suporte para a gente", contou.

O COB acionou o médico Antonio Marttos Jr, traumatologista baseado em Miami, que foi a Salt Lake.

A família de Lais Souza é de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

NOVATA NO ESPORTE

Lais Souza e Josi Santos, 28, aguardavam a classificação para o esqui aéreo nos Jogos Olímpicos de Inverno. Elas começaram a praticar o esporte há menos de oito meses. Tudo começou em maio de 2013, quando as ex-ginastas foram convidadas pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve a conhecer a modalidade.

Em junho, em uma pista artificial em São Roque (a 66 km de São Paulo), elas testaram a modalidade olímpica pela primeira vez, sem nunca antes terem esquiado.

Em dezembro, na Finlândia, estrearam em uma competição. Antes, foram quatro períodos de treinamento em quase 100 dias de aprendizado.

Colaborou Rodolfo Stipp Martino, de São Paulo

Editoria de Arte/Folhapress

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