Folha de S. Paulo


Kleina usa história do Palmeiras em palestra para motivar elenco

Além de termos táticos, as palestras de Gilson Kleina na pré-temporada do Palmeiras, em Itu, vêm sendo recheadas de aspectos históricos.

No ano do centenário de fundação do clube, o treinador pretende usar passagens da história do Palmeiras como motivação por conquistas nesta temporada.

"O centenário e a história do Palmeiras não podem exercer uma pressão excessiva sobre os jogadores, mas eles têm de saber o que esta data representa", afirma.

"É um privilégio para este grupo estar no clube em um ano como este", diz.

E Kleina está afiado.

Durante a entrevista para a Folha, o técnico mencionou com desenvoltura episódios como a troca do nome de Palestra Itália para Palmeiras, em 1942, as Academias de Futebol, como ficaram conhecidos os supertimes dos anos 1960 e 70, e até aspectos da fundação do clube, em 1914, por imigrantes italianos.

"Conhecendo a história, o jogador entende porque o palmeirense é tão exigente."

Eduardo Anizelli - 24.out.2013/Folhapress
O técnico Gilson Kleina durante um treino do Palmeiras
O técnico Gilson Kleina durante um treino do Palmeiras

Além de ensinar, o objetivo do técnico com as aulas de história é motivar, fazendo os com que os atletas entendam porque conquistar um troféu neste ano é tão importante.

"A responsabilidade por conquistas aqui não depende do ano. Mas é óbvio que o peso de um título em 2014 é maior", diz.

Kleina também já viveu seus momentos históricos no clube, tais como o rebaixamento à Série B, em 2012, e a volta à elite, no ano passado. Agora, vai comandar o time no centésimo aniversário.

O treinador, porém, não se queixa de ter trabalhado sempre sob pressão.

"Isso tudo me fez amadurecer. Aprendi demais aqui", diz. "Um clube com o tamanho do Palmeiras tem de ser assim mesmo."

É por tal aprendizado que o técnico já não aceita ouvir que é um técnico bom para times pequenos.

"Quando cheguei, até entendia a desconfiança. Agora, não mais. Ninguém fica um ano e meio no Palmeiras sendo aventureiro", afirma. "Eu nunca fugi ou me omiti pelos fracassos. O torcedor valoriza isso."

Mesmo assim, ele afirma não estar à altura do clube. E se isenta de culpa por isso.

"O Palmeiras é grande demais. Se disser que estou à altura do clube, serei pretensioso. Mas estou me preparando para isso", diz.

Para que as conquistas venham, no entanto, Kleina precisa de um time. Até o momento, ele está satisfeito com seu novo elenco.

"Mantivemos peças, nos reforçamos e perdemos alguns, como Vilson e Márcio Araújo", afirma. "Estamos mais fortes do que no ano passado. Precisamos, agora, fazer deste grupo um time."

Divulgação/Red Bull Brasil
Wendel (à esquerda0, do Palmeiras, durante jogo-treino contra o Red Bull Brasil em Itu
Wendel (à esquerda0, do Palmeiras, durante jogo-treino contra o Red Bull Brasil em Itu

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