Folha de S. Paulo


Briga interrompe Atlético-PR x Vasco e deixa 4 torcedores feridos; não há risco de morte

Uma grande briga na arquibancada interrompeu a partida entre Atlético-PR e Vasco por cerca de uma hora e 15 minutos, na Arena Joinville, em Joinville (SC).

Quatro pessoas machucadas foram levadas ao hospital municipal São José, em Joinville. De acordo com a direção do hospital, os pacientes --Estevão Viana, 24, William Batista, 19, Gabriel Ferreira Bitael, 20, e Diogo Cordeiro da Costa, 29-- estão conscientes e não correm risco de morte. Diogo já recebeu alta.

A partida estava no 17º minuto do primeiro tempo quando torcedores entraram em conflito, sem a presença de policiais para separá-los.

Os jogadores até tentaram em campo pedir para que os torcedores parassem de brigar, mas não adiantou.

Depois de chegar ao local, a polícia teve muito trabalho para conter a violência.

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As agressões foram forte e alguns torcedores, que caíram, tiveram suas cabeças chutadas por rivais.

Um helicóptero entrou em campo para atender os machucados.

O Atlético-PR vencia a partida por 1 a 0 no momento que começou a confusão.

O esquema de segurança adotado no jogo, no qual seguranças privados tomavam conta das torcidas, estava de acordo com o padrão adotado na Arena Joinville, disse à Folha o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar de Joinville, Adílson Moreira.

Ainda segundo o oficial, esse esquema já havia sido aprovado pelo Ministério Público de Santa Catarina e implementado no jogo Atlético-PR e Náutico, no dia 24 de novembro, pela 36ª rodada do Brasileiro e a segurança.

O comandante diz que os torcedores foram ao estádio dispostos a brigar e que pouco poderia ser feito contra isso. "Estava tudo dentro da normalidade, mas isso já ocorreu em diferentes estádios. Se houvesse o policiamento, ocorreria da mesma forma", afirmou.

De acordo com o policial, o clube paranaense era o responsável por contratar seguranças .

Na partida deste domingo, 90 homens de duas empresas privadas de segurança estavam no estádio --Cerberus, de Curitiba, e Mazari, de Joinville.

"Antes da briga, havia dez policiais no interior do estádio, responsáveis por cuidar da segurança dos árbitros", afirmou o comandante.

Outros 20 PMs acompanharam as delegações de Atlético e Vasco até a Arena Joinville, e cerca de 50 estavam no entorno do estádio.

O policiamento foi reforçado para o reinício do jogo. O comandante diz que a segurança foi reforçada e tinham 160 policiais no interior do estádio e mais 80 do lado de fora.

Com a confusão, a polícia levou seis pessoas para a delegacia.

O Atlético-PR declarou que não vai se pronunciar neste domingo sobre a questão de segurança no estádio.

Heuler Andrey/Agif/Folhapress
Torcedor fica caído depois de ser agredido em briga no estádio
Torcedor fica caído depois de ser agredido em briga no estádio

O técnico do Vasco, Adilson Batista, falou sobre a briga entre os torcedores.

"Lamentável ver imagens assim em um momento que se fala de Copa do Mundo no país", disse Adilson.

O treinador atleticano, Vagner Mancini, também comentou o incidente.

"A vontade é de sair do estádio e ir embora para casa. Nunca vi cenas assim", disse Mancini.

Mesmo depois de tanta confusão, a partida recomeçou.

(COLABOROU EDUARDO SODRÉ E LEANDRO AGUIAR)

Geraldo Bubniak/Fotoarena/Folhapress
Torcedores atleticanos e vascaínos brigam na Arena Joinville
Torcedores atleticanos e vascaínos brigam na Arena Joinville

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