Folha de S. Paulo


É impossível a Williams ser pior em 2014, diz piloto que perdeu vaga para Massa

Felipe Massa está há cinco anos sem vencer uma prova, desde o GP Brasil, em 2008. A Williams ganhou pela última vez na Espanha, em 2012.

Essas marcas negativas justificam a união da equipe inglesa com o piloto brasileiro para a próxima temporada. A conclusão é de Pastor Maldonado, piloto venezuelano que perdeu o lugar para Massa em 2014.

Inicialmente, Maldonado elogiou tanto o brasileiro como a equipe. "Felipe tomou a decisão correta, os dois não ganham nada há anos. Foi uma escolha coerente. Ele é um bom piloto e a Williams uma boa equipe", disse.

Mas, em seguida, deixou claro seu descontentamento com a Williams atual. Para ele, a equipe vai entregar um carro bom para Massa em 2014 porque "pior do que está é impossível".

O venezuelano foi responsável pela última vitória da equipe na F-1. Mas, neste ano, disse que não concordou com algumas decisões no desenvolvimento do carro e decidiu sair seis meses atrás.

Bosco Martín/Efe
O piloto venezuelano Pastor Maldonado, da Williams, dá entrevista em Interlagos
O piloto venezuelano Pastor Maldonado, da Williams, dá entrevista em Interlagos

A equipe inglesa é a nona do campeonato, com 5 pontos. A Red Bull já é a campeã, com 553. A Ferrari tem 333, na terceira colocação.

Maldonado disse que já tomou a decisão e sabe para qual equipe vai em 2014, mas ainda não anunciou apesar de a favorita ser a Lotus.

Amigo de Massa, ele elogiou o brasileiro, o chamou de talentoso, bom menino e contou que sempre soube da negociação com a Williams.

Nas últimas semanas, porém, Maldonado criticou abertamente a equipe que já teve sete vezes um piloto campeão do mundo (a última em 1997). O venezuelano chegou a insinuar que estava sendo boicotado. Nesta quinta-feira, amenizou.

"É como uma família. E tenho que suportar uma corrida a mais", afirmou sobre a despedida, em Interlagos.

Seguro quanto a estar na F-1 em 2014, Maldonado disse que não tem a mesma garantia em relação ao patrocínio da PDVSA, empresa petrolífera da Venezuela que o apoiou nestes três anos na Williams. "É um atrativo para eles estarem na F-1, mas não sou eu quem decido".

(Eduardo Ohata, Marcel Merguizo, Paulo Roberto Conde, Tatiana Cunha e Tiago Ribas)


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