O Brasil enviará pela primeira vez, em 2014, atletas aos Jogos Paraolímpicos de Inverno. Caberá ao snowboarder André Cintra e ao esquiador Fernando Aranha representar o país na cidade russa de Sochi, em fevereiro.
Ambos não brigarão por medalha. Mas o pioneirismo está dentro de um projeto de longo prazo do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) para massificar a modalidade.
A entidade passou a ter por obrigação empregar 0,5% do que ganha de repasse da Lei Piva em esportes paraolímpicos de inverno --de aproximadamente R$ 500 mil.
Também fará um pedido de convênio de R$ 1 milhão ao Ministério do Esporte na próxima chamada pública, que ocorrerá ainda nesse ano.
Como apenas dinheiro não garante medalha, o CPB tem feito há um ano parceria com a CBDN (Confederação Brasileira de Desportos na Neve) para recrutar talentos.
"Temos um estudo para identificar em quais modalidades devemos investir a longo prazo", afirmou Andrew Parsons, presidente do CPB.
"Em reuniões com a CBDN formatamos uma metodologia para buscar tirar talentos para os esportes de inverno."
A partir do próximo ano, os dois parceiros sairão à cata de interessados. Vão recorrer a atletas outras modalidades paraolímpicas, sobretudo atletismo e natação.
Segundo Parsons, a meta é que a partir no próximo ciclo olímpico o país já tenha uma delegação maior.
O dirigente aponta o estado embrionário dos Jogos Paraolímpicos de Inverno como motivação. "Só 500 atletas participam. Ainda é pouco Podemos encontrar uma brecha e ter bons atletas."
Um dos brasileiros que vão aos Jogos de Sochi foi "raptado" de outro esporte.
Fernando Aranha, que disputará o esqui cross country na Olimpíada, era do basquete em cadeira de rodas.
O outro representante nacional na Rússia, André Cintra, compete no snowboard.