Folha de S. Paulo


Carente de estrelas, seleção feminina de basquete estreia hoje na Copa América

Carente de uma grande estrela e com um grupo jovem, a seleção brasileira feminina de basquete estreia neste sábado na Copa América do México, às 20h30 (de Brasília), contra Porto Rico.

A competição distribui três vagas para a disputa do Mundial da Turquia, em 2014. O Brasil está no Grupo B, ao lado de Argentina, Porto Rico, República Dominicana e México.

Das 12 convocadas, 11 vão disputar o campeonato pela primeira vez. Só a armadora Adrianinha já teve o gostinho de jogar uma partida pela Copa América.

E o técnico Luiz Augusto Zanon não poderá contar com a pivô Érika, que disputa os playoffs da WNBA com o Atlanta Dreams. O treinador colocará em prática o seu processo de renovação.

Divulgação/CBB
Jogadoras da seleção brasileira feminina de basquete treinam no México
Jogadoras da seleção brasileira feminina de basquete treinam no México

"O que eu mais quero é formar jogadoras em nível de seleção. Esse grupo novo requer carinho porque o basquete em si já não vive mais com talentos. Temos que fortalecer o grupo", disse Zanon em entrevista para a Folha.

"Nós não temos hoje jogadoras que possam resolver como Paula e Hortência no passado. A Érika, sozinha, também não consegue", afirmou.

Érika, 31, é uma das estrelas do campeonato de basquete americano. É a terceira melhor reboteira da liga e a quinta melhor em aproveitamento nos arremessos. A seleção que vai participar do torneio no México não tem nenhuma jogadora que atua fora do país.

"Essas meninas precisam melhorar no fundamento, no jogo coletivo e tomarem decisões nos melhores momentos. Por isso elas precisam desse processo de intercâmbio, que são esses jogos internacionais", disse Zanon.

O treinador admite que o objetivo não é o título, e sim uma das três vagas para o Mundial, um passo considerado por ele como fundamental já em vista da Olimpíada de 2016.

O atual grupo conta com três jogadoras de 34 anos. As outras nove não passam dos 25. A média de idade é de 24,9 anos. O time que foi campeão do último Pré-Mundial, em 2009, tinha média de 28,8 anos. Essa falta de experiência pode atrapalhar o time.

"Isso é natural. Pode vir a acontecer, mas vamos trabalhar para que elas consigam produzir o basquete que elas têm", disse Zanon.


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