Foi justamente no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, que o Santos conseguiu sua primeira vitória após quase um mês de jejum. Hoje, o time da Vila Belmiro joga por um empate em Porto Alegre, para garantir a vaga nas quartas de final da competição. Pode até perder por um gol de diferença, desde que balance as redes adversárias.
O último triunfo alvinegro havia sido dia 24 de julho, no 2 a 1 sobre o Crac-GO, pela terceira fase do mesmo torneio. Depois disso, vieram uma derrota e quatro empates pelo Campeonato Brasileiro, além da goleada por 8 a 0 sofrida no amistoso com o Barcelona, no começo de agosto.
Na quarta-feira passada, Gabriel, 16, saiu do banco de reservas para anotar o gol que pôs fim à seca de resultados positivos do Santos. Ele também deixou sua marca no 2 a 0 sobre o Vitória, pela 17ª rodada da Série A, quando entrou em campo já como titular.
Para a partida desta noite, o atacante, formado nas categorias de base do clube, terá a companhia de outros jogadores jovens que vêm ganhando espaço dentro do time: o lateral Rafael Galhardo, 21, o zagueiro Gustavo Henrique --que assumiu a vaga de Edu Dracena, suspenso-- e o volante Alison, ambos com 20 anos. Caso Leandrinho, 19, ocupe o lugar de Alan Santos, que machucou o pé direito antes do treino de ontem e não viajou a Porto Alegre, serão cinco titulares de até 21 anos.
A pouca idade desses atletas não é motivo de preocupação para o técnico Claudinei Oliveira. Na opinião do comandante do Santos, a presença de veteranos na equipe faz o contrapeso à inexperiência dos garotos.
"Os mais novos têm ao lado deles jogadores experientes, rodados. Os veteranos como Durval, Thiago Ribeiro e Montillo equilibram essa situação."
Apesar do caráter decisivo do duelo contra o Grêmio, o treinador optou por não preservar os mais jovens, pois acredita que esta é a oportunidade deles "mostrarem a cara".
"Os jogadores precisam mostrar personalidade nesse momento. Se a gente ficar poupando, escolhendo jogo, eles não vão evoluir o quanto têm que evoluir."
"É necessário dar tranquilidade para os meninos jogarem. A responsabilidade é minha, que escalo o time. Eles podem decidir, mas não têm essa obrigação. A obrigação é a mesma dos outros jogadores. Se fizerem um bom jogo, ótimo. Se estiverem numa noite infeliz, vão ser substituídos", afirmou.
| Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC | ||
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| Gabriel comemora o seu gol para o Santos sobre o Vitória, na Vila Belmiro |
SEM RETRANCA
Apesar da vantagem conquistada dentro de casa, a ideia inicial do Santos não é armar uma retranca e apostar no contra-ataque, ou em um lance decisivo de bola parada.
"O Grêmio tem time para fazer dois, três gols. Temos que entrar em campo propondo o jogo, e não apenas aguardar para ver as coisas acontecerem. Sabemos da força do Grêmio, mas não podemos nos intimidar", avaliou Claudinei.
Se a entrada de Leandrinho na vaga de Alan Santos for confirmada, é um sinal de que a equipe do litoral paulista cumprirá sua proposta. Ele costuma jogar mais adiantado do que Marcos Assunção --a outra possibilidade levantada pelo treinador.