Folha de S. Paulo


Em baixa, Federer estreia nesta 2ª no Aberto dos EUA de olho no título

As costas de Roger Federer já não doem como antes e agora o ex-número 1 do mundo quer provar a todos que está definitivamente de volta.

Recordista em títulos de Grand Slams (17), Federer não tem mais nada a provar a ninguém, mas tente convencer o tenista suíço disso.

Miguel Rajmil/Efe
O suíço Roger Federer dá entrevista em Nova York
O suíço Roger Federer dá entrevista em Nova York

Depois de vários anos no topo do tênis mundial, o suíço não admite seu leve declínio no cenário atual do tênis. Tendo vencido apenas um dos últimos 14 Grand Slams, ele vem sendo frequentemente esquecido nas apostas sobre quem vencerá o Aberto dos EUA --Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray atravessam melhor momento e são os favoritos.

Mas o tenista de 32 anos, pentacampeão do Aberto dos EUA, insiste em dizer que ele não é carta fora do baralho e aposta todas as fichas em mais um título no circuito de Flushing Meadows.

"Sempre que eu venho até aqui, não venho com a missão de chegar às quartas de final", disse ele a jornalistas. "Venho para ser campeão. Mas para atingir isso, tenho que pensar em um dia após o outro. Primeiro, vamos pensar no jogo da segunda-feira."

Pelos padrões do vitorioso tenista, o ano de 2013 tem sido muito fraco. Em Wimbledon, seu torneio favorito, ele sofreu uma inesperada derrota na segunda fase e começou a despencar nos rankings mundiais.

O suíço é o sétimo cabeça de chave no US Open, seu pior posicionamento na chave em mais de uma década, mas diz que o ranking não influencia tanto assim.

"Os rankings oscilam muito, especialmente quando você não joga bem", disse. "Atualmente, isso é secundário, apesar de eu sempre ter ligado muito para o ranking a vida inteira. Eu costumava ficar ansioso pela segunda-feira só para ver a atualização das listas e ver quantos pontos eu havia ganhado ou perdido."

"Mas quanto mais velho você fica, menos você liga para isso. Claro que eu quero sempre estar no topo, melhorar, subir no ranking."

A queda de Federer não passou batida: o ex-campeão John McEnroe chegou a dizer que o suíço jamais voltaria a vencer um Grand Slam.

Federer, evidentemente, discorda, argumentando que tem se sentido cada dia melhor após um problema nas costas que o afastou no início do ano, além de ter voltado à velha marca de raquete que costumava usar.

"Eu pensava no problema das minhas costas mais do que qualquer coisa. Mas agora não, e estou feliz em jogar bem", afirmou. "Essas coisas me trazem confiança. Minhas costas estão boas e agora voltei com minha velha raquete, a raquete com a qual eu ganhei tudo."

Ele estreia no último Grand Slam da temporada no horário nobre de Nova York. Enfrentará o eslovaco Grega Zemlja (62º do mundo) por volta das 21h (de Brasília).


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