Folha de S. Paulo


Ricardo Teixeira volta ao Brasil pela primeira vez depois de renúncia

Um ano e cinco meses depois de renunciar ao cargo de presidente da CBF, Ricardo Teixeira voltou no início da semana ao país.

Ele foi visto na tarde desta quinta na pista do aeroporto Santos Dumont. O dirigente embarcava com familiares num helicóptero.

Desde que deixou o poder em março do ano passado, o cartola, que passou a morar nos Estados Unidos, não deu entrevista.

Além dos familiares, o empresário Wagner Abrahão acompanhava o dirigente no aeroporto carioca. Abrahão é amigo de Teixeira. No ano passado, a Folha revelou que o ex-presidente da CBF nomeou quatro empresas do empresário seu amigo para receber os R$ 7 milhões anuais do contrato da confederação com a TAM. Após a revelação, a empresa aérea rompeu o contrato com a CBF.

O cartola deixou o comando da confederação por pressão do governo federal e da cúpula da Fifa. Ele era alvo de denúncias de corrupção tanto no Brasil quanto no exterior.

No país, a Folha demonstrou sua ligação com a Ailanto Marketing, acusada de desvio de dinheiro público em amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008, no DF.

No exterior, Teixeira era ameaçado de ser expulso da Fifa por suposto envolvimento com o caso ISL, maior escândalo de corrupção da entidade. Após renunciar à presidência da CBF, ele abriu mão também dos cargos na Fifa. O cartola nega ter recebido a propina.

A chegada do cartola ao país surpreendeu até seus aliados. Ao deixar o Brasil no ano passado, ele disse a amigos que temia ter o seu passaporte retido em caso de retorno.

Desde que deixou o país no ano passado, o cartola mora na Flóriida. No ano passado, ele pagou US$ 7,4 milhões (aproximadamente R$ 15 milhões) por uma mansão em Sunset Island, em Miami. A propriedade foi da ex-tenista russa Anna Kournikova.


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