Folha de S. Paulo


Falta de precisão incomoda jogadores do Santos

Pela segunda vez no Brasileiro, o Santos desperdiçou uma vitória na Vila Belmiro nos instantes finais da partida. O time empatou na noite de quarta-feira com o Vasco por 1 a 1, com um tento sofrido aos 46 minutos do segundo tempo.

A situação irritou o técnico Claudinei Oliveira, os jogadores e a torcida, que vaiou a equipe após o apito final na Vila. O resultado ampliou o jejum santista no Brasileiro para cinco jogos sem vitórias --desde 13 de julho, quando bateu a Portuguesa por 4 a 1.

"Mais uma [desperdiçamos uma vitória]. Não conseguimos matar o jogo e tomamos o gol [no final da partida]. Criamos bem, mas não matamos o jogo. São pontos que não vamos recuperar", declarou o meia Montillo após a partida.

Marcelo Sadio - 15.ago.13/vasco.com.br
Wesley marca Neílton (centro) e é observado por Cicinho no duelo entre Vasco e Santos, na Vila Belmiro
Wesley marca Neílton (centro) e é observado por Cicinho no duelo entre Vasco e Santos, na Vila Belmiro

"Com 1 a 0 no finalzinho, tem de cadenciar [o jogo]. Não pode sofrer um gol assim. Tem de cadenciar o jogo, ter experiência, cadenciar a bola", afirmou o zagueiro Edu Dracena, autor do gol santista na partida contra o Vasco.

Contra o Coritiba, no dia 21 de julho, o Santos sofreu do mesmo mal. O time vencia o rival por 2 a 1, mas desperdiçou muitas chances e acabou cedendo o empate no final do jogo. Na ocasião, não houve tanta polêmica porque o momento santista era outro.

A equipe vinha de uma sequência de quatro jogos sem derrotas, com triunfos contra o Atlético-MG (1 a 0), o São Paulo (2 a 0) e a Portuguesa (4 a 1), além de um empate com o Crac-GO (1 a 1) em duelo pela Copa do Brasil.

O momento atual é diferente. Depois de perder por 8 a 0 para o Barcelona, na Espanha, no último dia 2 de agosto, o Santos só empatou. Ficou no 1 a 1 com o Corinthians e o Vasco e no 0 a 0 com o Cruzeiro.

Agora, o time está a um ponto do primeiro time na zona de rebaixamento --tem 15 pontos contra 14 do Criciúma, que ocupa a 17ª colocação.

"Vamos avaliar tudo isso que vem acontecendo no Santos, mas é momento de equilíbrio, de ter calma. Não adianta lamentar", disse Claudinei Oliveira, que foi efetivado como técnico do Santos na última segunda-feira, mas está ameaçado.

ATAQUE EM BAIXA

Não é só a falta de precisão que atrapalha. O desempenho do ataque também tem deixado a desejar. Desde que Claudinei assumiu o comando do Santos, em 1º de junho, o time fez 16 gols em 13 jogos. Antes, com Muricy Ramalho, foram 49 gols em 30 jogos.

"Quando o time não está bem primeiro você arruma a defesa, depois arruma o ataque", disse Claudinei na véspera do duelo contra o Vasco, indicando que o setor ofensivo seria o foco do seu trabalho a partir do jogo contra os cariocas.

Atualmente, o time conta com Gabriel, Giva, Henrique, Neílton, Thiago Ribeiro, Victor Andrade e Willian José no setor. Juntos eles anotaram nove gols no Brasileiro em 12 jogos, média inferior a um gol por rodada.

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