O incêndio provocado no São Paulo pelas declarações Ney Franco causou reações.
Na quarta-feira, o goleiro Rogério, alvo principal dos ataques do ex-treinador da equipe, contra-atacou. E o coordenador técnico Milton Cruz, também atingido, defendeu mais oportunidades para Ganso.
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O primeiro a falar foi o capitão. Logo após a derrota por 3 a 2 para o Kashima Antlers, no Japão, pela Copa Suruga, o camisa 1 disparou contra o técnico e desafeto declarado.
"Se eu tivesse toda a influência que ele acha que eu tenho, ele estaria no olho da rua há muito tempo. Sou apenas um funcionário do clube, eu não decido, eu não mando", disse Rogério.
Para o goleiro, a demissão de Ney Franco, que ocorreu há um mês, deveria ter sido antecipada pelo São Paulo.
O jogador falou ontem em resposta às acusações feitas anteontem pelo treinador.
Ao jornal "O Globo", ele disse que o goleiro extrapola os limites de um atleta, envolve-se na política do clube e "frita" os jogadores que não deseja no time, como Ganso.
Ainda ontem, o ex-meia santista --na reserva desde a chegada de Paulo Autuori--, ganhou o apoio do coordenador técnico Milton Cruz, amigo próximo de Rogério e também atacado por Ney Franco.
"Ele mostrou que é um grande jogador, chamou a responsabilidade, foi muito bem. Temos que armar um esquema para ele jogar", afirmou à Folha, sobre a atuação do camisa 8 ante o Kashima.
Apesar da derrota, Ganso teve grande atuação, fez um gol e comandou a reação são-paulina no segundo tempo.
Após ir para o intervalo perdendo por 2 a 0, o time brasileiro buscou o empate, mas foi vazado aos 47 min do segundo tempo e perdeu a chance de emendar o segundo bom resultado positivo.
Além de pedir mais chances a Ganso entre os titulares, o coordenador técnico são-paulino negou ter ligado para outros treinadores antes da saída de Ney Franco.
A acusação foi feita pelo ex-técnico do time, que também havia reclamado do relacionamento distante de Cruz com ele no clube.