Folha de S. Paulo


Ronaldinho tenta se tornar o quarto brasileiro a ganhar a Champions e a Libertadores

A conquista inédita na Libertadores pelo Atlético-MG, nesta quarta-feira, pode elevar Ronaldinho a um patamar em que poucos jogadores brasileiros estão. O meia-atacante tenta se tornar hoje apenas o quarto jogador a vencer os dois principais torneios continentais da América do Sul e da Europa.

Ronaldinho, que será titular contra o Olimpia nesta quarta, foi campeão da Copa dos Campeões na temporada 2005/2006, pelo Barcelona, após superar o inglês Arsenal, por 2 a 1, na decisão.

O goleiro Dida, o lateral Cafu e o zagueiro Roque Júnior são os jogadores do Brasil que detêm a Champions e a Libertadores. Todos também possuem a Copa do Mundo.

Dida foi campeão com o Cruzeiro, em 1997, após derrotar o peruano Sporting Cristal na decisão. Seis anos depois, na temporada 2002/2003, o goleiro liderou o Milan na conquista do mais importante campeonato europeu. Na final, o clube bateu a rival Juventus, nos pênaltis, e Dida foi o destaque da disputa ao defender três cobranças.

Ele ainda foi campeão pelo Milan na temporada 2006/2007 da Champions, ao lado do lateral Cafu, após derrotar o Liverpool na decisão.

Bicampeão com a seleção brasileira em 1994 e 2002, o lateral Cafu ganhou duas vezes a Libertadores pelo São Paulo. Sob o comando de Telê Santana, o clube venceu o Newell's Old Boys e a Universidad Católica, em 1992 e 1993, respectivamente.

Roque Júnior também foi campeão com a camisa milanesa na temporada 2002/2003. Quatro anos antes, o zagueiro havia vencido a Libertadores pelo Palmeiras, após a equipe derrotar o Deportivo Cali nos pênaltis.

ARGENTINOS

Além dos brasileiros, os argentinos Samuel e Carlitos Tevez detêm os títulos dos maiores torneios continentais de clubes.

Tevez foi campeão em 2003 pelo Boca Juniors, após derrotar o Santos de Robinho, no Morumbi. Cinco anos depois, o atacante esteve na conquista do Manchester United em cima do Chelsea, nos pênaltis.

Já o zagueiro Samuel conquistou a Libertadores de 2000, após o time argentino bater o Palmeiras na decisão. Dez anos depois, o defensor fez parte da Internazionale que conquistou a Champions após vencer o Bayer de Munique na decisão.

O lateral Sorín e o meio-campista Solari também possuem as duas conquistas continentais, mas sem entrar em campo. Solari era jovem quando o River foi campeão em 1996, mas participou do elenco vencedor. Em 2002, foi reserva e pouco jogou na conquista do Real Madrid da Champions de 2001/2002.

Já Sorín foi campeão duas vezes no mesmo ano. Após despontar no Argentino Juniors, o lateral foi vendido à Juventus em 1995 e participou do elenco campeão da Champions da temporada 1995/1996, após bater o Ajax, da Holanda, nos pênaltis. Porém, com pouca chance de atuar, foi negociado com o River Plate no começo de 1996 e liderou o time que ganhou a Libertadores após superar o América de Cali, da Colômbia.


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