Após impasse na negociação, o Corinthians anunciou nesta segunda-feira que contratou o zagueiro Cleber, ex-Ponte Preta.
O clube ficou com 20% dos direitos econômicos do atleta de 22 anos -- o valor exato pago não foi divulgado.
Via Twitter, a assessoria de comunicação confirmou que os demais 80% ficaram divididos entre o grupo investidor DIS, do empresário Delcir Sonda, o jogador e seu agente, Beto Rappa.
O jogador assinou um contrato até 31 de dezembro de 2017.
A negociação foi muita enrolada. Ela levou cerca de 40 dias e teve a exclusão do aporte financeiro do grupo investidor inglês, Doyen Sports, representado por Renato Duprat.
A multa contratual de Cleber foi estipulada pela Ponte em R$ 8 milhões. Inicialmente, o Doyen pagaria pela maior parte dos direitos econômicos.
Mas os corintianos não toparam o negócio ao saber que o fundo inglês Doyen Sports é representado por Renato Duprat. O empresário intermediou o acerto da MSI (Midia Sports Investment), de Kia Joorabchian, com o Corinthians, em 2004.
Os principais representantes da MSI, bem como o ex-presidente do clube e seu vice, Alberto Dualib e Nesi Curi, foram denunciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, após investigação do Ministério Público, em 2007.
Sem acordo, o Corinthians recorreu ao DIS, que topou pagar pela maior parte dos direitos econômicos de Cleber.
A ideia do clube alvinegro paulista era de só desembolsar alguma quantia pelo jogador daqui a dois anos. No entanto, as demais partes envolvidas não aceitaram.
Na última semana, Cleber correu pelo gramado do centro de treinamento Joaquim Grava do Corinthians. Contudo, não foi integrado ao elenco.
Seus documentos não foram regularizados até essa segunda-feira, conforme o Boletim Informativo Diário da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A expectativa é de que isso ocorra na terça-feira.
| Guilherme Dorigatti/PontePress | ||
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| O zagueiro Cleber durante treino da Ponte Preta em Campinas |