Vestida com roupinha do Atlético-MG, a pequena Tainá, de três meses de vida, é a "garantia" de seus pais para a compra de ingressos do jogo de volta da final da Libertadores-2013, na semana que vem, em Belo Horizonte.
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A filha do técnico em TV a cabo Marcos Santos, 30, e da cuidadora de idosos Maria Martins, 31 garante atendimento prioritário na fila que já dura seis dias em frente à sede administrativa do Atlético-MG. As vendas de ingressos para a partida contra o Olímpia-PAR, porém, ainda nem começaram.
"Eu posso até perder meu emprego, não importa. Pelo Galo vale", diz o pai, que desde quinta não vai trabalhar. A mãe, em licença maternidade, vai para casa com a filha à noite.
Paulo Peixoto/Folhapress | ||
Torcedores do Atlético-MG formam filas para comprar ingressos para a final da Libertadores |
A fila comum já ocupa três longos quarteirões. Os primeiros são Maria Aparecida Gonçalves da Silva, 40, que trabalha em um buffet, e a desempregada Fernanda Jaqueline Pereira, 24, grávida de quatro meses.
Elas dizem ter chegado lá às 18h da última quarta-feira, antes até do jogo da semifinal que classificou o Atlético.
Os ingressos ainda não estão à venda porque o Atlético tenta convencer a Conmebol (entidade que organiza o torneio) a marcar o jogo no estádio Independência, que tem capacidade para 23 mil torcedores.
Como a Conmebol exige que a final seja jogada numa arena com, no mínimo, 40 mil lugares, a alternativa seria jogar no Mineirão, onde cabem 62 mil.
O presidente do clube, Alexandre Kalil, afirma que o estádio do Olímpia também não comporta 40 mil torcedores e exige igualdade no tratamento.
Apesar da empolgação com o time, o cansaço já toma conta de alguns torcedores que esperam o início da venda.
"O Kalil tem que resolver isso logo", reclama o cobrador Jonas Ferreira, 32.