Folha de S. Paulo


F-1 e Aberto do Brasil não devem ter preços alterados com nova lei da meia-entrada

O projeto aprovado na terça-feira que define uma cota de 40% de ingressos para estudantes entre 15 e 29 anos, não deve afetar alguns dos principais eventos esportivos do país, como o GP de F-1 e o Aberto do Brasil de tênis, ambos em São Paulo.

De acordo com a Koch Tavares, que organiza o Brasil Open, único torneio da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) realizado no país, a média de venda de meia-entrada em seus eventos já corresponde à cota que o novo projeto prevê.

"Normalmente, a venda de ingressos de meia-entrada é na faixa de 37%, 40%. Para o nosso negócio não muda", disse Thais Martan, gerente financeiro da Koch Tavares.

A nova medida está prevista no Estatuto da Juventude, que segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff. Ela tem 15 dias para avaliar o projeto, que, se sancionado, entra em vigor em até seis meses.

Julia Chequer - 25.nov.2012/Folhapress
Público acompanha o GP do Brasil de F-1, em Interlagos, em São Paulo, em novembro de 2012
Público acompanha o GP do Brasil de F-1, em Interlagos, em São Paulo, em novembro de 2012

Apesar da cota de 40% aos estudantes, a Koch Tavares não pretende baixar os preços dos ingressos.

"A gente já trabalha com essa base. Como a gente já tem um histórico que normalmente é vendido 40% de meia-entrada, o preço já leva em consideração isso. Então não altera em nada", afirma Thais.

Outro evento esportivo importante que é realizado anualmente no país, o GP de F-1 também não deve ter alterações em seus preços e nem no número de público em Interlagos, mesmo que haja um limite para a venda de meia-entrada --hoje é irrestrito.

"Para a F-1 não muda em nada, vai continuar sendo igual, porque na verdade nunca chegou a isso [40% de venda de meia-entrada]. Não tem um grande número de estudante que vai [às corridas]", afirmou Castilho de Andrade, diretor de imprensa do GP do Brasil de F-1.


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