A defesa de Anderson Silva do cinturão dos médios do UFC, contra o americano Chris Weidman, no sábado, se transformou em "isca" de luxo para atrair brasileiros para uma milionária competição de pôquer em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Segundo um desses brasileiros, que requisitou ser identificado apenas como Gil, funcionários dos cassinos ofereceram ingressos da luta a apostadores VIP brasileiros como uma cortesia para se sentarem à mesa de apostas.
Gil afirma saber de pelo menos 57 apostadores que deixaram o Brasil rumo à capital das apostas seduzidos pela oportunidade de assistir ao duelo bem próximo ao
octógono (ringue do UFC).
Ele relata não ser incomum esses jogadores apostarem até US$ 1 milhão --gerando grande lucro para o cassino.
| Buda Mendes - 12.jun.2013/AFP | ||
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| Anderson Silva fala durante entrevista coletiva, no Rio |
Ele estava empolgado com a possibilidade de participar, no fim de semana, do Wynn Classic, com expectativa de dividir uma mesa com o ex-jogador Ronaldo, que é garoto-propaganda de uma empresa de jogos de pôquer. As rodadas iniciam sábado e, no domingo, os jogadores "de peso", que ele classifica de milionários, têm lugares reservados.
O apostador explicou que ele próprio não costuma exagerar, suas apostas chegam, no máximo, a "apenas" US$ 40 mil (cerca de R$ 88 mil).
Gil, 52, explicou que ao bater as quatro horas na mesa jogando recebe uma diária no hotel como uma cortesia. Outra "vantagem" são bebidas grátis para os apostadores.
O comerciante afirmou que acredita na vitória de Anderson, até para não ser chamado de "pé frio" por seus sócios, que também estão em Las Vegas para jogar e assistir o duelo. Curiosamente, afirmou que não apostará no resultado da luta na bolsa de apostas. Diz não ser "a sua praia".
Por seu um "desportista", diz preferir que a luta entre Anderson e Weidman seja técnica e limpa, não sangrenta.
Os jogadores negaram o pedido de fotos da reportagem.
Na última luta de Anderson em Las Vegas, a revanche com o falastrão Chael Sonnen, ano passado, a torcida brasileira sufocou a americana. À saída da arena do MGM, um americano reclamava: "Como pode? Havia mais brasileiros do que americanos..."