Folha de S. Paulo


Palmeiras celebra 20 anos do fim da sua maior fila; reveja fotos

Nesta quarta-feira o Palmeiras celebra 20 anos do fim do mais longo jejum de títulos de sua história, com conquista do Campeonato Paulista de 1993 sobre o arquirrival Corinthians.

O último torneio vencido pela equipe havia sido o Paulista de 1976. O trauma palmeirense foi potencializado após a perda do título de 1986, depois de ser derrotado pela Internacional de Limeira na final, dentro de casa.

O Palmeiras foi o melhor time durante toda a competição, mas acabou trocando de técnico no meio da campanha: Otacílio Gonçalves por Vanderlei Luxemburgo. Na primeira fase, a equipe terminou na primeira colocação, assim como no quadrangular semifinal. A campanha final teve 26 vitórias, seis empates e seis derrotas.

Na decisão, o Palmeiras superou o Corinthians. Após perder por 1 a 0 na partida de ida, quando Viola marcou e imitou um porco, o clube alviverde tinha que ganhar o jogo da volta e empatar na prorrogação para se sagrar campeão.

Zinho, Evair e Edilson garantiram a vitória no tempo normal. Na prorrogação, Evair anotou de pênalti e desentalou o grito de campeão.

Os corintianos chegaram a reclamar do árbitro José Aparecido de Oliveira, que expulsou três jogadores da equipe - o goleiro Ronaldo e o zagueiro Henrique e o volante Ezequiel. Tonhão recebeu o vermelho pelo clube alviverde.

O atacante Evair, herói daquela conquista, lançou um livro que narra os bastidores do fim da fila palmeirense.

PRESSÃO

Para o ídolo palmeirense, que chegou ao clube em 1991 sob desconfiança, a cobrança sobre os jogadores naquela época era até maior do que a atual.

"Por mais que o time esteja hoje na segunda divisão, as dificuldades eram maiores naquela época. Acabava o treino e já tinha torcedor cobrando a gente fora do campo. Hoje, eles nem podem entrar", disse o ídolo alviverde.

Já para Zinho, meia contratado já na gestão Parmalat em 1992 e autor do gol que abriu a goleada sobre o arquirrival, a pressão sobre o atual elenco acaba sendo maior pelo peso do rebaixamento para a Série B.

"Havia uma pressão por títulos, mas não como essa porque [o time] caiu. Nós também éramos muito cobrados, mas naquele período não tinha tanta agressividade da torcida organizada como tem hoje", disse o ex-jogador.


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